
O ministro Alexandre de Moraes, presidente Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não acolheu sugestões feitas pelo Ministério da Defesa para que fossem implementadas mudanças no processo de fiscalização das urnas eletrônicas no segundo turno das eleições.
As propostas de alterações no chamado teste de integridade, por meio do qual se verifica a confiabilidade das máquinas, foram encaminhadas à Corte no sábado passado (22). O teste de integridade simula uma votação no dia da eleição para conferir se as urnas são confiáveis.
Os militares argumentaram que seus técnicos teriam identificado “oportunidades de melhorias” para “conclusões mais precisas quanto à fiscalização” e “contabilização de votos”.
Moraes respondeu o ofício assinado pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira Oliveira, na segunda-feira (24). Ao negar o pedido, o ministro disse que qualquer sugestão será analisada pela Corte assim que as Forças Armadas enviarem um relatório detalhado da fiscalização que realizaram no primeiro turno.
Antes da eleição, os militares informaram que preparariam uma espécie de relatório com base na fiscalização que efetuariam no dia da votação. Até agora, entretanto, os dados não foram enviados. Na semana passada, informaram que só enviarão o material após o segundo turno.
Na resposta ao ministro da Defesa, o presidente do TSE reforçou “o pleno sucesso e completo êxito do teste de integridade, inclusive do Projeto-Piloto com Biometria, não ocorrendo nenhuma discrepância”.
Outro pedido dos militares é para garantir a divulgação do boletim das urnas em todas as seções. Moraes respondeu que, terminada a votação, o boletim é sempre afixado na porta de cada seção.