Sem nenhuma contrapartida do governo em relação a suas reivindicações, desde que suspenderam a greve, os servidores do Banco Central vão se reunir na sexta-feira (29) para debater os rumos do movimento e uma eventual retomada da paralisação.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, ao suspenderem temporariamente a greve, que vinha desde o dia 2 de maio, os servidores deram “um voto de confiança” ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, mas que, até agora, nenhuma sinalização aconteceu por parte do governo sobre a contraproposta da categoria de reajuste salarial.
A greve foi suspensa entre 20 de abril e 3 de maio, quando a direção do sindicato propôs o reajuste pedido de 27% valendo a partir de julho, e não retroativo a janeiro como os servidores estavam reivindicando inicialmente.
“Se não houver nada até sexta-feira, a gente decide a continuidade da greve”, disse Faiad.
“O que se espera do chefe da Autarquia, no prazo estipulado pelos servidores para retorno à greve, é empenho para que uma proposta melhor seja viabilizada, tanto no aspecto remuneratório quanto nos itens não salariais”, afirma o sindicato, reiterando que “a vigilância e a unidade da categoria devem ser mantidas neste momento, que é decisivo para o futuro de nossa carreira”.
Fábio Faiad explicou que, com a greve suspensa até segunda-feira (2), a assembleia precisa ocorrer antes de uma eventual retomada da paralisação, pois é preciso avisar a administração do BC com 72 horas de antecedência.