46 crianças perderam a vida, além de várias mulheres e idosos. Situação na Faixa de Gaza é “catastrófica e aterrorizante”, afirma porta-voz da Defesa Civil palestina
Netanyahu voltou a aplicar seu terrorismo de terra arrasada à Faixa de Gaza, matando mais de uma centena de palestinos nas últimas horas desta quarta-feira (29) – sendo 46 crianças, além de várias mulheres e idosos.
Conforme apurou a agência de Defesa Civil do território palestino, a situação em Gaza é “catastrófica e aterrorizante”, com mais de 68 mil palestinos mortos e 170 mil feridos, sendo mais de quatro mil crianças mutiladas. Para os dois milhões de sobreviventes na “maior prisão do mundo”, como descreveu o escritor israelense Ilan Pappe, resta a esperança de que a comunidade internacional obrigue Netanyahu a cumprir o acordo assinado com o grupo revolucionário islâmico Hamas, sob a anuência de Donald Trump.
Apesar da declaração do presidente dos Estados Unidos de que “nada vai ameaçar” a trégua, as bombas continuam sendo despejadas em solo palestino, multiplicando a matança. Como assinalaram fontes de cinco hospitais de Gaza que acolheram as vítimas, são mais de 100 as vítimas fatais, número que pode aumentar segundo a gravidade das mais de 200 vítimas.
A alegação utilizada por Israel para reiniciar o bombardeio após uma pequena pausa foi novamente a acusação de que o Hamas teria atacado seus soldados, sem investigar ou embasar a acusação O movimento islâmico, por sua vez, negou ter respondido às provocações israelenses em Rafah, no sul de Gaza, e reafirmou seu compromisso com o cessar-fogo e entrega dos corpos israelenses que ainda restam no território palestino.
Mostrando sua total adesão à criminalidade israelense, em entrevista a jornalistas Trump defendeu o direito de Israel de atacar Gaza se algum de seus soldados for atacado, estimulando operações de bandeira trocada, como a CIA faz mundo afora.
Quanto aos corpos israelenses que ainda não foram encontrados, o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, enfatizou que seu movimento estava “decidido a entregar os corpos assim que forem localizados” e acrescentou que, em um território devastado por dois anos de combates, recuperá-los é “complexo e difícil”.











