O senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que o governo de Jair Bolsonaro é o responsável pela crise ambiental que assola o país, por ter estimulado as queimadas que têm destruído amplas áreas de floresta na região amazônica.
“Houve complacência daqueles que fiscalizam o desmatamento da Amazônia, num crime ambiental sem precedentes na história do Brasil”, denunciou.
“O que houve foi um crime, um crime que o governo permitiu que se fizesse para desmatar parte da Floresta Amazônica”, afirmou.
O parlamentar enumerou várias ações implementadas por Bolsonaro desde sua posse, que, além de contrárias à preservação ambiental, desmontaram a estrutura de fiscalização do governo na área de meio ambiente em afronta à Constituição.
“Essa questão da preservação das florestas é dever do Estado e deveria ser cuidada com maior vigor, o que não aconteceu neste momento. Desde a posse do presidente Jair Bolsonaro já se verificava isso”, frisou.
Otto Alencar lembrou que, já no começo do mandato, foi extinta a Secretaria de Mudança do Clima e Florestas, o governo transferiu o Serviço Florestal Brasileiro para o Ministério da Agricultura e a Agência Nacional de Águas para o Ministério de Desenvolvimento Regional, esvaziando as funções do Ministério do Meio Ambiente.
Ele acrescentou que o número de conselheiros do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) foi reduzido de 96 para 23. “Também havia fortes manifestações do governo e de sua base parlamentar pela revogação do decreto de criação de parques e florestas nacionais e estações ecológicas”, observou.
O senador ressaltou que, a partir de fevereiro, começou o desmatamento da parte mais baixa da floresta. “Ou seja, aquela mata menor foi desmatada. Não era a floresta de árvores centenárias, altas. Então, quem vai desmatar, desmata sem ninguém perceber”, observou, lamentando a destruição, a partir de julho, da floresta alta, com árvores centenárias e protegidas por legislação federal.
W. F.