Investigado nos inquéritos sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, senador foi alvo de busca e apreensão na quinta-feira (15)
Os senadores Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso, e Renan Calheiros (MDB-AL), vão entrar com representação no Conselho de Ética da Casa contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES), investigado no inquérito sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.
Na última quinta-feira (15), Marcos do Val foi alvo de operações de busca e apreensão nos endereços dele em Brasília, incluindo o gabinete parlamentar, e Vitória (ES).
Os agentes da PF (Polícia Federal) levaram malotes com documentos, computadores, celulares e pen drives.
“Esta Casa não pode viver o constrangimento de ter entre seus senadores alguém que defende golpe de Estado e atenta contra a democracia. Sem anistia!”, publicou Randolfe nas redes digitais.
Também nas redes sociais, Renan escreveu que Marcos do Val “reiteradamente ataca a democracia e as instituições republicanas”.
“O mandato não pode ser usado para conspirar contra o Estado Democrático de Direito”, acrescentou.
DEPOIMENTO À PF
As buscas ocorreram no âmbito da investigação sobre atos golpistas de 8 de janeiro, quando criminosos depredaram as sedes dos Três Poderes. Moraes determinou também que o senador preste depoimento à PF.
Em fevereiro deste ano, Marcos Do Val disse que foi coagido por Silveira, com Bolsonaro, a participar de suposto golpe de Estado.
A situação política de Marcos do Val se agravou após o ocorrido. Na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do Golpe, do qual ele é membro, governistas pedem para que ele seja afastado do colegiado, por ser investigado em relação ao ocorrido naquela data.