Em nota divulgada através das redes sociais, Marina Silva reafirmou que será oposição ao governo de Bolsonaro.
A líder da Rede disse estar preocupada, pois “foram desencadeadas, na campanha, forças que ameaçam a democracia”, mas confiante devido à “presença forte e vigilante de uma consciência cívica e democrática capaz de resistir a todas essas ameaças”.
“Como afirmei no final do primeiro turno, farei oposição ao presidente eleito”, ressaltou.
A democracia, segundo Marina, é ameaçada “pela mentira e pela violência, pela polarização extremada, pela potencialização do ódio e do medo, pela ausência de um debate programático e o rebaixamento da opinião pública a um patamar inferior da racionalidade política”.
“Sei da importância da atuação de uma oposição democrática, sobretudo no contexto dessas eleições de 2018 e da realidade que passaremos a viver a partir de agora”, disse.
Porém, os setores da sociedade que comporão essa oposição terão que colocar “em primeiro lugar os interesses das pessoas e do país em vez do jogo puramente eleitoral e de projetos de poder ultrapassados, predadores, que colocam a hegemonia de grupos e partidos acima de tudo”.
“Tenho plena consciência dos riscos imediatos para questões fundamentais da minha prática política, tais como o desmanche da estrutura de proteção ambiental conquistada ao longo de décadas, por gerações de ambientalistas; a desconsideração dos direitos das comunidades indígenas e quilombolas quanto à demarcação de suas terras; a minimização da importância dos direitos à diversidade e o risco de fragilização da Constituição de 88, marco histórico da recuperação de nossas liberdades individuais e sociais”, afirma o documento.
“Junto com a sociedade continuarei minha luta histórica por um país politicamente democrático, economicamente próspero, socialmente justo, culturalmente diverso, ambientalmente sustentável, livre da corrupção, empenhado em se preparar para um futuro no qual os grandes equívocos do modelo de desenvolvimento sejam superados por uma nova concepção de qualidade de vida, de justiça, de objetivos pessoais e coletivos, de felicidade”, completou Marina.