O setor de serviços recuou 0,8% em outubro na comparação com o mês setembro, segundo informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com outubro do ano anterior, o volume de serviços prestados variou -0,3%. Com esses resultados, a taxa acumulada no ano ficou em -3,4% e, em 12 meses, -3,7%.
O resultado de outubro confirma a tendência de queda observada nos meses anteriores. O setor de serviços já vinha tendo resultados negativos, de -1% em agosto, e -0,3% em setembro. O encolhimento dos serviços do mês de outubro caiu como uma ducha de água fria na campanha midiática do governo de que estaria havendo uma recuperação na atividade econômica do país.
Por atividades apenas o segmento de Serviços de informação e comunicação apresentou crescimento (0,3%). As quedas, por ordem, foram as seguintes: Serviços prestados às famílias (-2,3%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,3%); Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-1,0%) e Outros Serviços (-0,1%). As atividades turísticas apresentaram recuo de 1,5% em relação a setembro.
“Está difícil de os serviços engrenarem. É preciso ritmo mais forte de contratações da indústria e dos governos para conseguir avançar”, explicou o economista do IBGE Roberto Saldanha. E, se depender das contratações na indústria, como aponta o economista, a coisa deve piorar porque, segundo dados da FESP, divulgados no último dia 12, (HP ed. 3.597) apenas em novembro a indústria paulista perdeu 10.500 postos de trabalho.