O setor de serviços acumula uma queda de -1,4% nos últimos doze meses, segundo Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados na quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É a queda mais intensa desde agosto de 2015, diz o IBGE.
A variação de apenas 1% em abril em relação a março, comemorado pelo governo e por setores da mídia, não reverteu a variação negativa acumulada no ano, que está em -0,6%, já que o setor apresentou durante os meses anteriores a abril quedas sucessivas: janeiro -1,8%; fevereiro 0,0%; março -0,2%. Depois de fechar o ano de 2017 com queda de -2,8%.
Segundo o IBGE, o setor de serviços está 11,8% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrado em novembro de 2014.
Com o arrocho na renda e o desemprego crescente, os serviços prestados às famílias acumulam queda de -1,6% de janeiro a abril deste ano. O segmento de Serviços de informação e comunicação, a queda é de -3,2% e Serviços profissionais, administrativos e complementares, o recuo é de menos -1,2%.
Os dados pesquisados pelo IBGE antecedem a greve dos caminhoneiros. Nos últimos dias, Temer e seus bajuladores acusam os caminhoneiros de uma possível piora na economia nos próximos meses. Já que eles afirmam que o país saiu da recessão econômica. Entretanto, o que o povo brasileiro tem sentido é que a economia do país está afundada num atoleiro e sem perspectiva de sair dele. Segundo pesquisa do Datafolha, divulgada no início deste mês, 7 de cada 10 brasileiros avaliam que a situação econômica do país se deteriorou nos últimos meses.