Servidores da Educação de São Paulo condenam projeto de lei com reajuste abaixo da inflação

Foto: Sinpeem

Os profissionais da educação da rede municipal de São Paulo voltaram às ruas nesta quarta-feira (20) em manifestação contra o reajuste salarial de 2,16% imposto pela Prefeitura, por meio do Projeto de Lei 155/2024. No ato público, em frente à Câmara Municipal, os educadores enfatizaram o pedido de 39% de reajuste para repor perdas salariais dos últimos três anos e cobram que os vereadores alterem o PL.

O projeto foi incluído na pauta da sessão da Câmara Municipal após análise da Comissão de Constituição e Justiça. O PL foi aprovado em primeira votação, com 38 votos a favor e 14 contrários, em meio à greve da categoria, que repudiou o andamento do projeto, em especial porque ainda na quarta, a Casa votou projetos de reajuste salarial para os funcionários da Câmara e do Tribunal de Contas do Município com índice de 4,65%.

“Nós não somos contra o reajuste de salário para qualquer trabalhador, mas há uma contradição: ao mesmo tempo em que reconhecem o direito de reajuste – que é justo que tenha – para os servidores da Câmara e do Tribunal de Contas no índice da inflação, vão votar pelo menos o índice da inflação para os servidores da Câmara e do Tribunal de Contas, e para os servidores públicos municipais um índice menor [ que a inflação]”, disse Cláudio Fonseca, presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem).

Cláudio Fonseca, presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem)

Aprovado em primeira sessão, ainda é necessária uma segunda e definitiva votação, que poderá ocorrer na terça-feira 26/03. Desde o dia 8 de março, os servidores municipais estão em greve para reivindicar a mudança na proposta de reajuste, o fim do confisco salarial dos servidores aposentados e melhores condições de trabalho nas creches e escolas, com aumento das rondas escolares, diminuição da jornada de trabalho para os chamados “quadros de apoio” e criação de grupos para debater a saúde dos professores.

Nesta quinta-feira (21), não haverá sessão na Câmara Municipal e, por isso, os servidores municipais decidiram desmarcar a manifestação que havia sido convocada. Na sexta-feira (22), está marcada uma audiência pública para discutir o projeto de reajuste, evento que deve contar com a mobilização da categoria.

Na agenda da categoria, além da audiência pública nesta sexta, já está marcada para segunda-feira (25), às 14 horas, nova assembleia em frente à Secretaria Municipal de Educação e manifestação na terça-feira (⁠26), também às 14 horas, para pressionar os vereadores na segunda votação do PL nº 155/2024.

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