Os trabalhadores da Fundação Casa decidiram manter a greve por falta de acordo nas discussões sobre a reposição salarial deste ano. Em greve desde o último dia 3, os a categoria também pede melhoria nas condições de segurança nos locais de trabalho.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Fundações Públicas de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Privação de Liberdade do Estado de São Paulo (Sitsesp) divulgou carta aberta à população no último sábado (6), pedindo apoio da população e comunidade política para valorização dos trabalhadores.
A categoria acusa o governo Tarcísio Freitas de negligenciar a pauta dos trabalhadores que passa pela valorização das carreiras, segurança no local de trabalho, reposição salarial que contemple os anos de perda e desvalorização do poder de compra dos salários, manutenção das cláusulas sociais e execução do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS).
“O governo do estado e a gestão da Fundação Casa vem negligenciando os pedidos reais da categoria, e com isso, colocando em risco a segurança dos trabalhadores bem como, daqueles adolescentes que se encontram internados nos 116 Centros e Unidades da Fundação CASA espalhados por todo estado”, diz a carta.
De acordo com o sindicato, as condições precárias de trabalho têm sujeitado a categoria à morte, agressões e adoecimento como consequência de uma gestão “pautada na ausência de políticas públicas para o sistema socioeducativo”.
A última oferta de reajuste apresentada, de 6%, foi recusada pela categoria por não ser considerada insuficiente para recompor as perdas salariais. Ainda segundo o sindicato, as perdas entre março de 2022 e 2023 estão na casa dos 15%.