Após um mês de greve e intensa mobilização, os servidores públicos municipais de Florianópolis garantiram que a Prefeitura pague o reajuste devido à categoria, de 2% real, decidiram, em assembleia na última sexta-feira (11), encerrar as paralisações. Os serviços públicos voltaram a funcionar normalmente no sábado (12).
A greve garantiu que os acordos firmados em 2014, que previam 1% de aumento real por ano até 2019, sejam cumpridos. O prefeito Gean Loureiro (PMDB), que deu calote nos trabalhadores em 2017 e 2018, terá agora que efetivar os aumentos, que serão concedidos em maio e em novembro.
Os servidores deram início à greve no dia 11 de abril em campanha salarial e contra a proposta de que os serviços públicos de saúde e creches fossem geridos por Organizações Sociais (OS). Essa proposta, denominada “Projeto das OS’s” foi votada na Câmara dos Vereadores em caráter de “urgência urgentíssima”, sem passar pelos conselhos municipais de saúde e educação e ainda sob forte repressão policial às manifestações populares.
Agora, a categoria irá manter a mobilização pela revogação do projeto. O Sindicato dos Servidores (Sintrasem) deu início à coleta de assinaturas para um Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) pela revogação do Projeto das OS’s. Para que uma PLIP passe a tramitar, são necessárias assinaturas de 5% do eleitorado municipal, o que em Florianópolis representa 17 mil pessoas. No primeiro dia da coleta de assinaturas, mais de mil foram recolhidas.
Na reunião com a Prefeitura, os servidores conseguiram que, ao invés de desconto salarial dos dias parados, sejam descontados apenas três e parcelados em três meses a partir de maio. Os demais dias serão compensados com horas trabalhadas e devidamente remuneradas.
Parte da pressão contra a greve, foi aplicada uma multa ao Sindicato, que após negociação, ficou finalizada em R$ 40 mil, que será convertida em prestação de serviços sociais, como cursos de capacitação profissional.