Os servidores de Minas Gerais realizaram um protesto nesta quarta-feira, 18, após o governo do Estado anunciar que não irá pagar o 13º para toda a categoria.
Na terça-feira, o secretário de governo, Bilac Pinto anunciou que o pagamento da primeira parcela seria destinado apenas aos servidores da Segurança Pública, sem perspectivas de pagamento para as demais categorias, deixando 80% sem receber o salário.
Com a pressão dos servidores, nesta quarta, o governador Romeu Zema (Novo), declarou que “conseguiremos pagar o 13º para 61% dos servidores antes do Natal, seja integral ou parcelado. Receberá todo o valor aqueles que têm até R$ 2 mil líquidos de 13º”, afirmou.
A coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindute-MG), Denise Romano, denuncia que os servidores da Educação negociam com o governo o pagamento do 13º desde agosto e que o recurso que o estado deixou de investir na Educação ao longo do ano seria o suficiente para quitar quatro folhas de pagamento dos servidores da área.
“Vivemos uma situação constrangedora no estado. Com uma diferenciação sobre a importância das categorias do funcionalismo. Entendemos que o policial tem todo o direito de dar um natal para seus filhos, assim como a professora também tem. A professora também tem direito de usar esse recurso para pagar as contas que não conseguiu pagar ao longo do ano”, afirma Denise Romano.
“Na semana passada, o Tribunal de Contas do Estado (TCE/MG) publicou uma nota técnica que aponta que o governo mineiro tem recursos suficientes em caixa para pagar o 13º de todo o funcionalismo, sem nem mesmo esperar o repasse do nióbio. Segundo a nota, caso o governo opte por pagar o direito dos trabalhadores, os cofres do Estado ainda teriam mais de R$2 bilhões após o pagamento.”, diz a nota.
“Nos sentimos traídos pelo governador. A promessa era de que a antecipação do nióbio garantiria o pagamento de todas as categorias, sem distinção”, afirmou Renato Barros, diretor do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (SindSaúde-MG), ressaltando ainda que os servidores do setor “está 10 anos sem reajuste”.