
Representantes dos trabalhadores do Banco Central reuniram-se com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, nesta quinta-feira (21), para tratar da valorização da carreira de especialista.
“As lideranças apresentaram as demandas, falaram da importância da atuação dos servidores da Autarquia para a retomada do crescimento econômico do país, dos efeitos negativos para a instituição advindos do processo de desvalorização do efetivo frente a outras carreiras e solicitaram o apoio, sobretudo nas interlocuções dentro do Poder Executivo” disse o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Banco Central (Sinal), em comunicado.
De acordo com a avaliação da entidade, Alckmin se mostrou receptivo aos argumentos apresentados, ciente do valor das entregas do Banco Central à sociedade e se comprometeu a tratar do assunto com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck.
Em assembleia geral, na tarde de quarta-feira (20), os servidores do BC aprovaram o estado de greve. A categoria denuncia o aumento das assimetrias com carreiras similares e reclama de tratamento desigual dado pelo governo. “Caso se confirmem os rumores de que a agenda reivindicatória dos servidores do Banco Central será preterida diante dos pleitos de carreiras de semelhante importância estratégica para o Estado, haverá, de pronto, uma nova AGN com o objetivo de deliberar o avanço para a greve”, afirmou o Sinal em comunicado.
O presidente do Sinal, Fábio Faiad, destacou os impactos da mobilização da categoria com o agravamento destes caso a greve seja deflagrada. “Em operação-padrão desde julho, o movimento já tem afetado diversas divulgações estatísticas da autoridade monetária, e instituições financeiras já sentem a demora no andamento de processos junto ao órgão regulador”, disse Faiad.
Sobre o estado de grave, Faiad afirmou que a decisão “essa decisão é uma resposta à análise do texto aprovado da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e das mudanças solicitadas para a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2024”, informou o presidente do Sinal, Fábio Faiad.
De acordo com a nota, a decisão pelo estado de greve reflete a insatisfação dos servidores do Banco Central “em relação à falta de consideração para com suas demandas”. “Em se confirmando o tratamento desigual para o BC, em desfavor das outras carreiras, uma assembleia específica no BC será convocada em seguida para decidir pela greve”, alertou o texto destacando que o texto aprovado da LDO “e as mudanças na LOA 2024 beneficiaram auditores fiscais da Receita Federal e a Polícia Federal, deixando de lado os servidores do Banco Central”, diz a entidade.