Os servidores do INSS, que estão em greve há um mês, entraram, através da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), com um mandado de segurança coletiva no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra os descontos dos dias parados feito pelo INSS.
O mandado de segurança coletivo questiona a decisão unilateral do INSS de cortar o ponto dos grevistas, já que não há nenhuma determinação do judiciário que tenha determinado a ilegalidade da greve.
Conforme Viviane Peres, que está à frente do comando de greve, vários servidores que paralisaram as atividades vêm recebendo cortes significativos na folha de pagamento desde a sexta-feira antes da Páscoa.
Os funcionários do órgão lutam pelo reajuste unificado dos servidores federais, de 19,9%, para repor as perdas inflacionárias desde o início do governo Bolsonaro, e também reivindicam a abertura de concurso público para repor o quadro de funcionários, que desde 2005 caiu de 42 mil para 19 mil servidores ativos.
As atividades dos servidores estão paralisadas em 26 estados (com exceção de Roraima), e há agências fechadas por falta de pessoal.
A orientação da entidade é fortalecer ainda mais a greve, já que não houve abertura de negociação com a presidência do INSS. Segundo a Fenasps, na última reunião com o presidente do órgão, José Carlos Oliveira, a proposta apresentada por ele foi um programa de aumento das metas de produtividade o que, conforme a federação, levaria a um maior desgaste dos servidores.
Eles também tentaram marcar uma reunião com o ministro de Trabalho e Previdência, mas até agora não tiveram retorno do ministério.