Os servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) vão entrar em greve por tempo indeterminado na próxima quarta-feira (23). A decisão foi tomada em plenária da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Assistência Social (Fenasps) no último dia 5 de março.
Na quinta (18), a Fenasps (Federação Nacional de Sindicatos em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social) enviou um ofício ao presidente do instituto, José Carlos de Oliveira, comunicando o início da paralisação
Os servidores do INSS brigam pela concessão da recomposição salarial de 19,99% para repor as perdas acumuladas nos últimos três anos. Os servidores pedem ainda o arquivamento da PEC 32 – a chamada “reforma administrativa” – e a revogação da Emenda Constitucional 95/2016, sobre o “teto de gastos”.
A Federação diz que segue orientação do Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fonasefe), que mobiliza por uma greve geral dos funcionários da união para que o governo Jair Bolsonaro (PL) atenda a reivindicação de reajuste emergencial de 19,99%, referente às perdas salariais dos últimos três anos.
Diversas categorias do funcionalismo público federal estão se mobilizando em defesa do reajuste para o conjunto dos servidores. Bolsonaro chegou a falar que daria o reajuste apenas para os servidores da segurança pública, manobra para tentar fortalecer sua base eleitoral para o pleito que se aproxima. Apesar disso, nenhuma categoria teve o reajuste concedido.
No Banco Central, servidores também estão mobilizados e chegaram a aprovar na semana passada o início de paralisações diárias de quatro horas. Na terça (22), eles terão nova assembleia para decidir se entram em greve no dia 23.
Se Bolsonaro não der o reajuste, será o primeiro presidente a não repor a inflação nos salários dos servidores públicos.