Os auditores fiscais da Receita Federal deflagram greve por tempo indeterminado na quarta-feira, dia 1º, em todo o país. A paralisação é uma forma de protesto contra as duas medidas aplicadas pelo governo federal de desmonte do funcionalismo público: o congelamento dos salários até 2019 e 2010 e a elevação da contribuição previdenciária dos servidores que ganham mais que o teto do INSS (R$ 5.531,31) de 11% para 14%. A greve também exige do governo o comprimento de um acordo referente à regulamentação do benefício Bônus de Eficiência, que estava em negociação com o setor.
Segundo o Sindicato Nacional da categoria (Sindifisco) diante do descumprimento do prazo dado pelo próprio governo para responder as reivindicações dos auditores fiscais (até dia 31 passado), a única alternativa que restou para fazer valer o acordo salarial foi a paralisação.
“Até que se reverta a atual situação, a categoria estará de braços cruzados às terças, quartas e quintas-feiras, sendo que às segundas e sextas não acessarão seus computadores de trabalho. Todas as unidades da Receita Federal, incluindo aduanas em portos, aeroportos e zonas de fronteiras, participarão do esforço…”, declarou o Sindifisco através de nota.
O Sindifisco destacou ainda, as manobras “protelatórias” por parte da equipe econômica de Temer nas negociações “eram somente para dilapidar um acordo aprovado pelo próprio Governo Federal”. “Não resta mais qualquer dúvida que a ideia é implantar o caos na Receita Federal e enfraquecê-la para que se faça o reinado do descontrole”, denunciou a entidade.
A categoria também reiterou que, “caso o Executivo continue prolongando a regulamentação do Bônus, não restará outra alternativa aos auditores fiscais em adotar medidas mais drásticas em defesa do cargo e da Instituição que representam” alertou Sindifisco.