Os funcionários públicos argentinos, convocados pela Associação de Trabalhadores do Estado, ATE, realizaram na quarta-feira, 4, uma jornada nacional de greve e mobilização para denunciar o projeto de Orçamento 2018 que implicará um insuportável arrocho com aumento das tarifas públicas acima de 40%.
Milhares de manifestantes marcharam pelo centro de Buenos Aires, desde a avenida 9 de Julho e Avenida de Maio até o Congresso Nacional, uma distancia de aproximadamente 1 quilômetro e meio.
“O governo de Macri pretende um orçamento de ajuste, com o objetivo de se endividar mais, com tarifaços enormes. Os que pagam os pratos quebrados sempre somos os mais pobres, entre eles os trabalhadores estatais”, enfatizou Hugo Godoy, secretário geral da ATE Nacional.
Os sindicatos exigem, aumentos salariais de 45% para enfrentar a inflação descontrolada e o fim das demissões no Estado.
Além dos filiados ao sindicato dos trabalhadores do Estado, participaram do protesto integrantes das organizações Bairros de a Pé, Corrente Classista e Combativa, e da Confederação de Trabalhadores da Economia Popular (CTEP).
Godoy insistiu em que “marchamos ao Congresso da Nação para questionar profundamente os dois projetos de lei que apresentou o Poder Executivo: o Orçamento 2018 e o de Responsabilidade Fiscal. Ambas as leis, se forem aprovadas do jeito que estão, implicaram importantes arrochos nos Estados nacional e provinciais”.
Os trabalhadores estatais encabeçaram uma greve nacional como acompanhamento à mobilização.