
Com os salários atrasados e até hoje sem receber o 13º salário de 2016, servidores públicos do estado do Rio de Janeiro, das mais diversas categorias, organizaram nesta quarta-feira, 08, uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa do estado (Alerj).
O protesto foi convocado pelo Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais) e reuniu policiais civis e militares, bombeiros, agentes penitenciários e do Degase (Departamento Geral de Ações Socioducativas), professores, trabalhadores da saúde, dentre outros. Em vídeo convocando o ato, divulgado no dia anterior, o presidente do COLPOL-RJ (Coligação dos Policiais Civis do Rio de Janeiro) e vice-presidente do SINDPOL-RJ, Fábio Neira, ressalta que é preciso se manifestar, porque “nada está garantido. De promessas estamos vivendo já há mais de dois anos”.
A pauta dos servidores, além dos pagamentos atrasados, inclui o restabelecimento do calendário para ativos, inativos e pensionistas, e ainda a convocação de concursados aprovados e cumprimento das promoções e progressões. “O objetivo é denunciar à população o abandono do governo que está sucateando serviços essenciais como a Segurança pública. Estamos chegando no Natal e o estado vai acabar embolando o 13º de 2016 com o de 2017”, explicou Marcio Garcia, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio (Sindipol-RJ).
Ainda enquanto ocorria a manifestação, uma comissão de líderes Muspe foi recebida pelo presidente do Legislativo, deputado Jorge Picciani (PMDB), mas a reunião não satisfez os manifestantes. “O que ele prometeu foi o mesmo que o Pezão tem dito nos últimos dias. De quitar o que é devido ao funcionalismo em até 20 dias e de regularizar os salários. Sobre o 13º de 2017, a promessa é de pagar, no mais tardar, na segunda semana de janeiro do ano que vem”, disse Márcio.
No final da manifestação, policiais usaram bombas de efeito moral e pelo menos sete manifestantes foram presos sob alegação de portarem material explosivo.