A Fasubra (Federação de Sindicatos dos Trabalhadores Técnico-Administrativos das Instituições de Ensino Superior Brasileiras) organizou no último domingo, 03, uma manifestação em frente à residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, contra a aprovação da reforma da Previdência.
Na ocasião Maia estava reunido em jantar com o presidente Michel Temer e líderes de partidos aliados no Congresso, na tentativa de “negociar” os votos para aprovar a reforma da Previdência. Munidos de cartazes, panfletos e gritando palavras de ordem como “Ô deputado se tu voltar, vamos acabar com o caviar” e , “não tem arrego, você tira a previdência e eu tiro o seu sossego”, os manifestantes tomaram a frente da residência.
Para a FASUBRA, “o objetivo do banquete dos parlamentares é planejar como vão entregar o direito dos trabalhadores pelo interesse dos banqueiros”. Em alusão à campanha do governo veiculada na mídia sobre a reforma, segundo a qual ela seria para “acabar com privilégios” dos servidores públicos, a entidade aponta que “privilegiados não somos nós que servimos o povo, privilegiados são esses deputados que participam de um jantar regado a caviar e champagne. Se votar a favor da reforma da Previdência, nós vamos denunciar o nome de cada um que votou contra os trabalhadores”.
“A ideia é pressionar para não que não votem a reforma, mesmo que mais enxuta. Não tem justificativa para fazer uma reforma em 2017, sendo que já houve uma em 2012. Não tem nada a ver com combater privilégios”, disse o diretor de organização sindical da Fasubra, André Gonçalves.
A categoria está em greve há quase um mês. O Comando Nacional de Greve “fez um chamado a todos os trabalhadores brasileiros pela mobilização e pressão aos parlamentares de cada estado, para votar contra a reforma”.