O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos (Fonasefe) em conjunto com o Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), reuniram na última quinta-feira, 7, centenas de servidores em frente ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, pela abertura de negociações da Campanha Salarial.
O ato fez parte do dia nacional de mobilização da categoria, que busca ser recebida pelo ministério após três meses de uma promessa de início das negociações da pauta de reivindicações.
Até agora a promessa do governo não foi cumprida, tendo a pauta sido protocolada ainda em janeiro. Sem terem sidos recebidos pelo governo, os servidores preparam nova manifestação para o próximo dia 19.
Além de reivindicar abertura de negociação, os servidores federais também realizaram ato contra a EC (Emenda Constitucional) 95, que institui o congelamento no orçamento da União para recursos destinados aos serviços públicos e às políticas sociais pelos próximos 20 anos. Com essa emenda, apenas será possível corrigir a inflação do período, ficando vedado qualquer tipo de investimento. As despesas financeiras, isto é, recursos para pagamentos de juros e amortizações da dívida pública, ficam, no entanto, liberadas para crescer o quanto o governo quiser.
O resultado é a precarização dos serviços públicos, além de um duro golpe nos salários dos servidores. Para o coordenador geral da Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União), Adilson Rodrigues, presente no ato de quinta, a emenda vem impedindo a contratação de novos servidores pra preencher as vagas deixadas por aqueles que se aposentaram no último período, além de uma redução brutal nas vagas de serviços de apoio, como limpeza e segurança, e corte na estrutura de material e manutenção nos fóruns em todo o país.
Segundo Adilson, “mais uma vez o ministro se recusou a receber os servidores, por isso a convocatória para no dia 19 de junho é fazermos um ato maior, dando continuidade à cobrança de retorno das negociações e a denúncia do caráter deletério e nocivo da Emenda Constitucional 95”.