O Governo do Rio Grande do Sul informou que pretende demitir professores com contratos temporários que aderiram à greve dos professores. Desde o mês passado os servidores gaúchos estão em greve contra atrasos e parcelamentos de salários e do 13°.
De acordo com o secretário da Casa Civil, Fábio Branco, o governo pretende ainda descontar os salários dos funcionários de escola que não estão indo trabalhar. E que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) está analisando a liminar concedida pela Justiça que impede o corte do ponto de grevistas. “Vamos tentar cassar essa liminar e fazer isso sempre com a verdade” disse Branco.
No dia seguinte ao anúncio do governo, centenas de professores realizaram um novo ato de protesto em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre. Para a presidente do sindicato dos professores (Cpers Sindicato) Helenir Aguiar Schürer, a ameaça do governo é desprovida de seriedade. “Se o governo chegar a fazer isso decreta o fim do ano letivo, pois não haverá professores. O risco de não finalizar o ano letivo é por conta e risco do Estado, do senhor José Ivo Sartori. Menos ódio e mais maturidade. Queremos os nossos direitos e o governo precisa começar a governar, a ofertar propostas”, rebateu Schürer.