
Serviços prestados às famílias recuam 0,6% na passagem de abril para maio, segundo IBGE
O setor de serviços no Brasil patinou em maio, ao registrar um crescimento de 0,1% em suas atividades frente ao mês anterior (0,4%), com 18 das 27 unidades federativas com queda no volume de serviços prestados, conforme números da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (11).
Afetado pelos juros altos do Banco Central (BC), o volume de serviços praticamente não cresceu no trimestre encerrado em maio de 2025, período que marcou variação de alta de 0,3% frente ao trimestre encerrado em abril. Atualmente, o nível da taxa básica de juros (Selic) está em 15% ao ano, para jogar para baixo os investimentos e o consumo de bens e serviços no país.
Em maio de 2024, o fraco desempenho do setor de serviços foi influenciada por quedas em transportes (-0,3%) e serviços prestados às famílias (-0,6%) – sendo essa a segunda retração consecutiva nesse segmento (após -0,2% em abril), acumulando perda de -0,7% no bimestre.
Em transportes, a queda de desempenho em maio foi puxada por armazenamento, serviços auxiliares aos transportes e correios (-2,4%) e transporte aquaviário (-1,6%). Já o serviço de transporte aéreo cresceu 4,5% no mês.
O IBGE também destaca que o volume do transporte de cargas decresceu -0,5% em maio, sendo o segundo revés seguido, período em que acumulou uma perda de 0,7%. “Dessa forma, o segmento se situa 7,3% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023)”, afirma o instituto, em nota.
Por outro lado, o volume de transporte de passageiros no Brasil subiu de 3,3% frente ao mês imediatamente anterior – marcando o quarto resultado positivo seguido, em que acumulou um ganho de 11,4% no período. Mesmo assim, o segmento está 16,0% abaixo do nível mais alto da série histórica (fevereiro de 2014).
Em serviços prestados às famílias, a resvalada no desempenho de maio se deu pelo recuo de -1,1% nos serviços de alojamento e alimentação, sendo a segunda queda seguida (-0,2%, em abril).
A pesquisa também aponta que das 27 unidades federativas, 18 assinalaram taxas negativas no volume de serviços na passagem de abril para maio, com destaque para Tocantins (-5,3%), Pernambuco (-3,9%) e Distrito Federal (-3,2%). Já os impactos positivos mais importantes vieram de São Paulo (0,8%) e Rio de Janeiro (1,8%).
Na série sem ajuste sazonal, o volume de serviços avançou 3,6% frente a maio de 2024. No ano, acumula alta de 2,5%, e no acumulado em 12 meses em maio de 2025, cresceu 3,0%.