
Em fevereiro, o volume de serviços no país cresceu 0,9%, após recuo de 0,5% em janeiro
O volume de serviços no Brasil variou em alta de 0,3% em março de 2025, o que corresponde a uma desaceleração frente ao resultado registrado em fevereiro do mesmo ano (0,9%). Os números são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (14).
Em janeiro de 2025, Serviços havia marcado um recuo de -0,5%, em dezembro de 2024, a alta foi de apenas 0,1%, e, em novembro de 2024, a queda foi de -1,3%. Com os resultados, o setor está 0,5% abaixo do pico da série histórica da pesquisa.
Em março, três das cinco atividades investigadas pelo IBGE demonstraram expansão, quando comparado com mês imediatamente anterior: transportes (1,7%); serviços profissionais, administrativos e complementares (0,6%) e serviços prestados às famílias (1,5%). Informação e comunicação caiu (-0,2%), outros serviços (0,0%)
Na média móvel trimestral, Serviços marcou uma variação de alta de 0,2% no trimestre encerrado em março de 2025 frente ao trimestre móvel encerrado em fevereiro, puxado por Informação e comunicação (1,0%) e outros serviços (1,8%).
No primeiro trimestre, os serviços prestados às famílias, profissionais, administrativos e complementares e transportes foram os modais que apresentaram os piores resultados no período, sendo o primeiro com queda de 0,5% e o segundo com zero (0,0%) de crescimento.
Frente a março de 2024, o volume de serviços cresceu 1,9% e, no acumulado do primeiro trimestre de 2025, a expansão é de 2,4% frente a igual período de 2024. No acumulado nos últimos doze meses até março, a alta é de 3,0%.
Na semana passada, o Banco Central decidiu novamente elevar o nível da taxa básica de juros (Selic), que passou dos 14,25% para 14,75%, com o fim de reduzir a demanda por bens e serviços no país.
Conforme a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, divulgada na terça-feira (13), o colegiado afirma que vai manter “a política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado”, sob o pretexto de trazer a inflação para a meta de 3% ao ano.
“O Comitê segue avaliando que o cenário-base prospectivo envolve uma desaceleração da atividade econômica”, afirma o Copom, ao ressaltar que a política monetária “significativamente contracionista” já tem impactos no mercado de crédito, nas sondagens empresariais, no mercado de câmbio, nos balanços das empresas, assim como na moderação de alguns indicadores de atividade e de mercado de trabalho”, e espera que os efeitos dos aumentos de juros “se aprofundem nos próximos trimestres”.