Dependente da demanda da indústria e do poder de compra das famílias, o setor de serviços já acumula queda de 3,7% no ano até setembro, informou a pesquisa mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Como tanto o setor produtivo, como o emprego e a renda agonizam os efeitos da crise econômica – que o governo garante já ter sido superada – a queda no volume de serviços prestados foi generalizada em todos os setores comparado ao mesmo período do ano passado. É o exemplo dos serviços prestados às famílias (-1,2%), que inclui alimentação fora de casa, alojamento, salões de beleza e etc.; serviços profissionais (-8%); e serviços de informação e comunicação (-2,6%).
Em setembro sobre o mês anterior, o IBGE destacou que houve queda de 0,3% – a terceira consecutiva. O resultado de setembro também encerrou o terceiro trimestre do ano, que na comparação com o mesmo período de 2016 teve recuo de 3% e de 0,6% sobre o segundo trimestre deste ano.
Segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), a variação mensal, de queda de 0,3%, mesmo sendo pequena, deve nos lembrar que julho e agosto também fecharam no vermelho e em um patamar não desprezível.
“Dada essa sequência de resultados, os serviços completaram um trimestre que não foi nada bom. Foi o pior resultado do ano”.
Os serviços de informação e comunicação e serviços profissionais continuam andando para trás, inclusive na variação mensal, ressalta o estudo do IEDI, o que fundamentalmente é um reflexo da demanda do setor produtivo. “Devido ao seu peso, continua arrastando junto com eles o setor de serviços como um todo”.