No dia primeiro de outubro, os engenheiros das tropas militares dos governos do Norte e do Sul da Coreia deram início ao processo de retirada das minas terrestres situadas na Zona de Segurança Conjunta (JSA, nas siglas em inglês), ao longo da “zona desmilitarizada” (DMZ) localizada na fronteira que separa os dois lados. A iniciativa se somas aos esforços no sentido de acabar com as tensões militares, sobretudo na zona fronteiriça.
Ambos os governos acreditam que as operações de desminagem devem ser finalizadas até o dia 20 de outubro. “As duas partes se engajarão em trabalhos conjuntos para remover minas e explosivos na Área de Segurança Conjunta e demais terras altas em Cheorwon, na Província de Gangwon”, segundo anunciou um oficial militar sul-coreano.
A iniciativa foi discutida durante o mês passado em Pyongyang, na Coreia Popular, entre seu líder Kim Jong Un e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in. Em comunicado, o ministério da defesa da Coreia do Sul afirmou que ambos os governos concordaram com a remoção de todas as minas terrestres da chamada Zona de Segurança Conjunta.
O acordo também prevê a remoção dos postos de guarda e armas instalados na JSA. A região é conhecida por ser o único local, ao longo da zona desmilitarizadaque se estende por 250 km, onde as tropas do sul e do norte estão frente a frente.
Foi durante a cúpula de abril, que tanto Pyongyang quanto Seul anunciaram sua intenção de transformar a zona desmilitarizada em uma “região de paz”. Desde então, já foram retirados alto-falantes de propaganda e alguns postos de guarda situados na fronteira. Conforme o acordo, serão iniciadas missões de busca para reaver os restos mortais dos soldados mortos durante a Guerra da Coreia.