
“Meu nome tem o menor grau de rejeição”, sustentou a senadora, que descartou ser vice
A pré-candidata à Presidência da República pelo MDB, senadora Simone Tebet (MS), afirmou que o seu nome é o menos rejeitado pelos eleitores.
“Meu nome não é conhecido e tenho o menor grau de rejeição”, defendeu a pré-candidata, inaugurando a série de entrevistas da sabatina UOL/Folha.
A senadora defendeu a candidatura própria do seu partido e disse que o MDB deve seguir com ela até a decisão final. “O MDB não pode ficar a reboque de quem quer que seja”, afirmou. “A pré-candidatura terá rosto, nome e sobrenome. Antes disso, nada pode ser feito nem cobrado”.
Ela rejeitou ser candidata a vice em uma chapa.
“Não sou candidata à vice-presidência da República. [Se eu ] Abrir mão da pré-candidatura à Presidência e aceitar papel de vice, estaria diminuindo o espaço da mulher na política”, respondeu.
“Se eu não pontuar a ponto de ser cabeça de chapa, eu não vou ajudar sendo vice”, continuou.
Simone Tebet rebateu a fala do senador Renan Calheiros (MDB-AL) que se referiu a ela como “candidatura de 1%”, comparando com o desempenho do ex-ministro Henrique Meirelles em 2018.
Segundo ela, “o que fez o MDB encolher [naquela eleição] não foi a candidatura própria”.
Ela disse que sua pré-candidatura é “diferente da do Meirelles”. “Ele pediu para ser candidato e o partido deliberou, mas eu não: eu fui chamada”, declarou.
Tebet defendeu seu nome como a melhor opção para representar uma frente alternativa às candidaturas de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além de Tebet, João Doria (PSDB) e Luciano Bivar (União Brasil) são também pré-candidatos. MDB, PSDB, Cidadania e União Brasil marcaram o dia 18 de maio para anunciar um candidato único às eleições presidenciais deste ano.
A senadora disse ser contra o aborto para casos além dos já previstos em lei, mas defendeu que o assunto não seja um “tabu”.
“A Constituição foi muito feliz quando permitiu o aborto em casos de estupro, em que a mulher está com a vida ameaçada e em casos de anencefalia”, afirmou Tebet.
Sobre a Lava Jato, a parlamentar afirmou que a operação “escancarou verdadeiros escândalos”, mas que é preciso verificar melhor se os trabalhos da operação seguiram o devido processo legal.
“A Lava Jato cumpriu um papel muito importante para o Brasil. Não adianta o PT dizer que não, que não houve corrupção. Ninguém devolve R$ 6 bilhões se não devia”, afirmou.
“O que esteve por trás de elementos do Ministério Público para não cumprir o devido processo legal, aí tem que perguntar para o ministro Sergio Moro o que houve. Se houve má-fe ou boa-fé, eu não sei dizer. Quero crer que houve boa-fé”, sentenciou.