
Os trabalhadores da Companhia de Abastecimento Básico de São Paulo (Sabesp) convocaram, para essa terça-feira (26), uma assembleia geral para discutir a greve no dia 3 de outubro. A assembleia convocada pelo sindicato da categoria, o Sintaema, é parte da campanha contra a proposta de privatização da Sabesp, Metrô e CPTM, apresentada pelo governador Tarcísio de Freitas.
“Tem sido expressivo o envolvimento dos sabespianos no plebiscito popular contra as privatizações. O apoio da população também tem aumentado e fortalecido a luta pelo saneamento e transportes públicos”, afirma a entidade em convocatória.
Na última semana, em participação no seminário sobre as privatizações no Brasil, promovido pelo Sintaema de Santa Catarina, o presidente do Sintaema, José Faggian, afirmou que Tarcísio foi destacado para vir para São Paulo com o objeto de construir palanque para o Bolsonaro e construir uma pauta de Estado mínimo.
“Privatizar a Sabesp significa dar um recado para uma parcela da população que defende o Estado mínimo. Por isso o centro da plataforma do Tarcísio é privatizar a Sabesp”, disse.
Faggian lembrou que o Sintaema tem denunciado as privatizações desde a campanha eleitoral no ano passado, quando Tarcísio, então candidato, apresentou a proposta. Tamanha rejeição da pauta fez com que a campanha de Tarcísio recuasse da proposta, retomando quando foi empossado.
Atualmente, em parceria com metroviários e ferroviários, os trabalhadores da Sabesp lançaram um plebiscito que tem percorrido todo o estado e envolvido a população. “O povo de São Paulo será o mais penalizado com a privatização da Sabesp, do Metrô e da CPTM. O saneamento público e o transporte público prestam para a população um serviço de qualidade e com tarifas justas. Se privatizar vai acontecer como no Rio de Janeiro e em Manaus. A tarifa aumentou e o serviço piorou”, concluiu.