O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado do Amazonas (STIU-AM) vai recorrer à Justiça do Trabalho para impedir demissões em massa que a Eletrobras Amazonas Distribuidora pretende realizar nos próximos meses devido ao processo de privatização da estatal.
De acordo com o advogado da entidade, Roberto Cabrera, a ação ainda não foi apresentada porque o sindicato vai se reunir com o Ministério Público do Estado (MP-AM) para verificar se realmente houve uma recomendação em relação aos funcionários não concursados. “Estamos com tudo pronto. Estamos esperando um ofício para saber se procede ou não. Caso proceda, vamos entrar com outra linha de defesa”, assegurou.
O sindicato pretende também entrar com um pedido de liminar na Justiça Federal, após o lançamento do edital de privatização que está previsto para março, para suspender o processo da privatização.
Para o presidente do Sindicato, Edney Martins, a desestatização terá impacto sobre o interior do Amazonas e os bairros periféricos da capital. “Os bairros da periferia sofrerão apagões e o interior do Estado do Amazonas, por não garantir retorno ao investimento dos investidores, não terá mais investimento nenhum e a tendência é que o interior apague”, disse. O Polo Industrial de Manaus (PIM) também será afetado, segundo Martins. “Tendo em vista que vai aumentar o custo da energia para a indústria e diminuir a qualidade do serviço”, explicou o sindicalista.