O Sindiágua/RS, o Sindicato dos Engenheiros (Senge) e o Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio do RS (Sintec) entraram com uma ação judicial no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) solicitando a suspensão das demissões na Corsan, ocorridas depois do processo de privatização da empresa.
A medida foi tomada pelas entidades após a audiência no TRT para abertura de negociação com a Companhia Riograndense de Saneamento Corsan/Aegea ter terminado sem sucesso para os trabalhadores.
Na audiência, as entidades apelaram para que a empresa reavaliasse a decisão de demitir 250 trabalhadores, que estava agendada para ocorrer no dia 23. Com a negativa de diálogo da empresa, as entidades resolveram pela ação pedindo a suspensão das demissões.
Os trabalhadores da Corsan estão enfrentando uma onda de demissões após o encerramento do prazo de estabilidade de 18 meses depois que a empresa de saneamento foi privatizada, em 2022, e vendida para a Aegea.
“Mesmo que a Corsan tenha fechado as portas, vamos continuar lutando para reduzir o impacto social dessa demissão massiva de trabalhadores, seja com a suspensão da medida ou com a ampliação de benefícios para os que saem”, afirmou o presidente do SINDIÁGUA, Arilson Wünsch.
“Esse é um momento difícil para muitas famílias, vamos lutar para tentar minimizar o máximo o impacto dessa situação”, completou.
A Corsan confirma ter iniciado o que chama de “redefinição do quadro de colaboradores” como medida estratégica que integra o processo de adequação à gestão privada “e de melhoria contínua do serviço à população”. A empresa afirma que a demissão de servidores antigos não significa redução de equipes, “mas uma renovação planejada”.