Em cartas entregues à ONU, no dia 12, o governo sírio denuncia o massacre de 20 civis sírios, em dois ataques em menos de 24 horas, à aldeia de Baghouz e a um campo de refugiados vizinho à aldeia, Nos ataques pelo menos mais 50 civis ficaram feridos.
O Ministério do Exterior da Síria reiterou sua exigência ao Conselho de Segurança da ONU (CS-ONU) de que sejam tomadas medidas contra os crimes perpetrados pelos Estados Unidos em ataques aéreos na Síria.
Exigiu também que o CS-ONU leve a cabo investigações internacionais acerca destes ataques, que atue para barrar outros, assim como da presença hostil norte-americana na Síria.
As exigências sírias foram formuladas através de duas cartas, uma à Secretaria Geral da ONU e outra ao CS, nas quais se refere aos dois massacres recentes cometidos por ataques com caças à aldeia de Baghouz, interior da província de Deir Ezzor.
Um deles, o mais irracional, foi contra um campo de refugiados que fugiam dos confrontos entre duas forças não oficiais sírias, em andamento na região, particularmente na aldeia de Baghouz, entre elementos do Daesh, o autodenominado Estado Islâmico e milícias curdas (com as quais os Estados Unidos operam).
Nem mesmo os norte-americanos apontam a presença de forças terroristas ou paramilitares no acampamento.
Este ataque norte-americano, a título de combater um terrorismo que – como afirma a Síria, nas cartas, fomentou ao invés de combater, como tem oficialmente propalado – mostra que a presença norte-americana no país árabe, além de ferir a soberania síria, pois ocupa, com tropas, território do país, é deletéria ao realizar ataques de forma ausente de qualquer cuidado para com as vidas da população civil.
Nestas cartas, o ministério sírio expressa a revolta quanto a este desprezo para com as vidas dos cidadãos sírios e destaca que este novo crime – que deixou 20 civis mortos, incluindo mulheres e crianças, número que pode aumentar, pois há feridos graves – é parte de uma série de crimes de guerra e crimes contra a humanidade perpetrados pelos EUA contra a o povo sírio.
O Ministério denunciou os Estados Unidos por seu contínuo apoio ao terrorismo e uso dos terroristas, assim como das milícias de separatistas para alcançar seus objetivos e complôs hostis contra a soberania, unidade e integridade territorial do país.
“A Síria exige, mais uma vez, do Conselho de Segurança que entre em ação para prevenir estes crimes e ataques e assumir suas responsabilidades na preservação da paz e da segurança internacionais”, afirma trecho das cartas.