Em cartas ao secretário-geral e à presidência do Conselho de Segurança da ONU (exercida em novembro pela Itália) a Síria condenou os crimes de guerra e contra a Humanidade cometidos pela ‘coalizão’ montada pelos Estados Unidos no território do país árabe.
A carta, enviada pelo Minstério do Exterior declara que o objetivo perseguido ‘com fervor’ pelos EUA é ‘descarrilar as vitórias do Exército Árabe Sírio e seus aliados sobre o terrorista Daesh (mal denominado Estado Islâmico).
Segundo a denúncia síria, “EUA faz isso seja através de sua força aérea ou de agentes no solo, a partir de posições onde está alocado confirmando um papel suspeito e que se configura em perigo aos esforços verdadeiros de combate ao Daesh”.
A carta cita o último destes ataques cometido pela força americana no sábado, atingindo posições residenciais em Tal al-Shaer e na aldeia al-Duwaiji village, na provincial de Deir Ezzor, o que resultou em mais de 10 civis mortos e dezenas de outros feridos, além de massivo dano material às casas e outras propriedades particulares locais.
A carta destaca ainda que caças norte-americanos atacaram também um carro transportando profissionais de saúde que tentavam ajudar os feridos, o que resultou na morte de todos os que estavam no veículo.
O Ministério do Exterior da Síria declara nas cartas que “muitos que proclamam respeitar e cuidar da lei e dos direitos humanos fazem vista grossa diante dos massacres cometidos pela ‘coalizão’ forjada pelos EUA nas províncias de Raqqa e Deir Ezzor”, o que, acrescenta, torna os EUA um Estado responsável por tais crimes, assim como os que a esta aventura se associam, também criminosos ou cúmplices dos crimes norte-americanos.
A Síria exige que o CS da ONU haja à altura de suas responsabilidades em termos da preservação da paz e da segurança internacionais e inicie uma ação imediata para deter os “crimes brutais contra civis inocentes e para prevenir novos crimes de acontecerem”.