O governo sírio informa que suas forças receberam a mísseis caças israelenses que perpetraram ataque a base militar perto de Damasco, na terça-feira (9). Em carta ao Conselho de Segurança da ONU, o Ministério das Relações Exteriores da Síria afirmou que os ataques de Israel buscam fortalecer os terroristas no país.
“Os recorrentes ataques israelenses contra a Síria não serão exitosos em sua tentativa de fortalecer e proteger as organizações terroristas das quais são parceiros, a exemplo do Daesh (Estado Islâmico) e da Frente al Nusra”, afirma a Síria.
Ao destacar as vitórias e retomada de aldeias em Idleb, além da cidade de Quneitra, o governo sírio salienta que os ataques israelenses “não impedirão que o exército sírio realize os avanços necessários contra o terrorismo na Síria”.
Por fim, as autoridades sírias exigiram que o Conselho de Segurança condene os flagrantes ataques israelenses e tomem medidas imediatas de forma a evitar novos ataques.
Os bombardeios israelenses se deram na madrugada de terça-feira, através do espaço aéreo libanês, e foram seguidas por ataques de artilharia, a partir de Israel, contra uma base do exército sírio nas proximidades de Damasco. Em anúncio realizado na TV estatal síria sobre os ataques, o exército anunciou que abateu pelo menos um dos aviões israelenses e interceptou mísseis lançados contra seu território.
O primeiro-ministro de Israel, Bibi Netanyahu, além de não negar os ataques, ao ser indagado sobre o ocorrido durante uma conferência de imprensa em um evento da Otan, sediado em Jerusalém, tergiversou mencionando o combate de Israel ao Hezbollah dentro do território sírio. “Esta política não mudou. Nós a apoiamos e se necessário com ação militar”. Em agosto do ano passado, conforme publicado pela RT News, um alto funcionário do exército israelense afirmou que as Forças Aéreas de Israel atingiram alvos sírios cerca de 100 vezes.
Enquanto Israel segue bombardeando instalações militares na Síria, ao arrepio dos tratados internacionais, a grande mídia dá repercussão a teses levantadas pelo Observatório Sírio para os Diretos Humanos, com sede em Londres, uma entidade de um homem só. Agora, segundo a suposta entidade dos direitos humanos, são o governo sírio e russo que estão levando dezenas à morte com seus ataques contra civis, ao invés dos mercenários apoiados pelos norte-americanos e israelenses.
Tanto os ataques de Israel, quanto as denúncias de ataques a civis por parte de sírios e russos coincidiram com a chegada do sub-secretário de Direitos Humanos da ONU, Mark Lowcock, a Síria. Ao chegar em Damasco, Lowcock se reuniu com o ministro das relações Exteriores da Síria, Walid al Moalem.
Gabriel Cruz