
São 55% dos entrevistados. Sobre o poder de compra dos salários, maior parte aponta para uma diminuição
Mais da metade dos brasileiros avaliam que a situação econômica do país piorou nos últimos meses, revela a pesquisa Datafolha divulgada no último domingo (6). Ao todo foram ouvidas 3.054 pessoas entre 1º e 3 de abril em 172 municípios, com margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O estudo mostra que 55% dos entrevistados consideram que a economia deteriorou, um aumento de 10 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, realizado em dezembro de 2024.
Enquanto a parcela que aponta uma piora cresceu, os que avaliam que a situação permanece sem mudanças caíram de 31% para 23%. Já o percentual dos que acreditam em melhora manteve-se praticamente inalterado dentro da margem de erro, passando de 22% para 21%.
Situação econômica do país
- Piorou: 55% (eram 45% em dez/24)
- Ficou como estava: 23% (eram 31% em dez/24)
- Melhorou: 21% (eram 22% em dez/24)
- Não sabe: 1% (eram 2% em dez/24)
No atual governo do presidente Lula, essa é primeira vez que mais da metade dos brasileiros apontam estar descontentes com a situação econômica do país.
Sobre o futuro da economia, 36% dos entrevistados preveem piora, um aumento de oito pontos em relação a dezembro. Os que esperam melhora caíram de 33% para 29%, enquanto os que acreditam em estabilidade recuaram de 37% para 23%.
Mudanças na percepção econômica
- Vai piorar: 36% (eram 28% em dez/24)
- Vai ficar como está: 23 (eram 37% em dez/24)
- Vai melhorar: 29% (eram 33% em dez/24)
- Não sabe: 3% (eram 2% em dez/24)
Situação econômica pessoal
Na avaliação da própria situação financeira, 34% dos brasileiros relataram piora (ante 27% em dezembro), enquanto 27% disseram ter tido melhora (queda de dois pontos). Por sua vez, 39% afirmam que ficou como estava (eram 43% em dez/24). Já os que não sabem, 0% (eram 1% em dez/24).
Sobre como achavam que estaria a própria situação econômica nos próximos meses, 48% creem que sua condição econômica vai melhorar, contra 54% no fim do ano passado. Já os que temem piora subiram de 12% para 16%. Dos que acreditam que vai ficar como está, são 35% (eram 33% em dez/24). Não sabem, 2%, o mesmo resultado de dezembro de 24.
Inflação e desemprego
Sobre a inflação, 62% acreditam que os preços vão subir, uma leve queda em relação aos 67% de dezembro. Os que acreditam que a inflação ficará como está são 21%. Já 14% afirmam que vai diminuir (eram 9% em dez/24). Os que não sabem são 3%.
Quanto ao poder de compra dos salários, 37% esperam redução (ante 39% no levantamento anterior), enquanto 30% projetam aumento (três pontos a mais). Vai ficar como está, são 31%, o mesmo do final de 2024. Não sabem, 3%.
Sobre os índices de emprego, a maior parte dos entrevistados também estavam pessimistas. Os que preveem demissões são 43% (ante 41% no levantamento anterior). Um terço acredita em estabilidade, mantendo o mesmo índice na pesquisa anterior e os que acreditam em uma melhora totalizam 21% (antes eram 24%).