
Embaixada do Brasil em Tel Aviv iniciou o processo de identificação dos que pretendem fugir dos bombardeios. Em 2023 havia 14 mil brasileiros lá. Israelenses também estão fugindo, mas o governo fascista de Israel proibiu
A embaixada do Brasil em Tel Aviv informou nesta sexta-feira (20) que iniciou o processo de identificação dos brasileiros que pretendem deixar o país para fugir dos bombardeios iranianos que estão ocorrendo em resposta ao ataque surpresa da ditadura de Israel ao Irã.
O governo israelense inicialmente se gabava de sua capacidade de impedir que mísseis iranianos atingissem o país, mas a realidade foi mais dura e difícil do que alardeava Netanyahu.
O cenário na região tem se deteriorado nos últimos dias, com bombardeios iranianos atingindo Tel Aviv, Jerusalém, Haifa e outras cidades. Dados mais recentes do Ministério das Relações Exteriores, de 2023, dão conta de que cerca de 14 mil brasileiros viviam em Israel naquele ano. Esse número, contudo, já foi alterado porque o Brasil fez operações de repatriação de brasileiros quando Netanyahu começou a atacar Gaza.
A representação diplomática do Brasil comunicou, por meio de rede social, que está pronta a atender aos brasileiros que queiram deixar Israel. “De modo a permitir a identificação e a localização atualizadas de brasileiros que se encontram em Israel e que tenham intenção de deixar o país, a embaixada solicita que seja preenchido o formulário [publicado na rede social da embaixada]”, informou a representação.
A Força Aérea Brasileira (FAB) já enviou um ofício ao Congresso Nacional informando que, se houver determinação do presidente Lula, a corporação está “em condições” de fazer a operação. O Brasil retirou recentemente um conjunto de prefeitos e outros administradores que estavam em Israel. Foi necessária uma articulação entre o Ministério das Relações Exteriores brasileiro e as chancelarias de Israel, da Jordânia e também da Arábia Saudita.
Isso foi necessário porque o espaço aéreo israelense está fechado, o que exigiu a saída desses brasileiros pela fronteira entre Israel e a Jordânia, o que foi viabilizado após telefonemas entre o ministro Mauro Vieira e o chanceler jordaniano, Ayman Safadi. A embaixada do Brasil em Riade (capital saudita) providenciou vistos para que esses brasileiros cruzarem a fronteira e pudessem se dirigir ao aeroporto para o embarque em direção ao Brasil.
A embaixada de Israel em Brasília afirma que presta assistência a essas autoridades para que possam deixar o país em segurança. Informa, ainda, estar em contato com a embaixada brasileira em Tel Aviv para coordenar a saída dos brasileiros.
Ela recomenda que os brasileiros não viajem para Israel e os que estão lá, não saiam de casa. As recomendações são que só saiam de casa se houver segurança, sigam as orientações das embaixadas e mantenham a documentação brasileira em dia.