O pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, afirmou na segunda-feira (21) que é contra a privatização de estatais como a Petrobrás e a Eletrobrás. Ele afirmou que o capital estrangeiro deve estar inserido em um “projeto de desenvolvimento nacional” aprovado pela população nas urnas.
“Evidente que não [sou favorável]. Para mim, a privatização é uma ferramenta. A gente deve celebrar um projeto nacional de desenvolvimento, cujas linhas gerais eu vou oferecer ao juízo crítico do povo, que vai definir o papel do capital estrangeiro, contra quem eu nada tenho, do capital nacional e do capital estatal”, disse durante sabatina promovida pelo UOL, Folha de S.Paulo e SBT.
Ciro Gomes também criticou os “lucros exorbitantes” de banqueiros e as altas taxas de juros cobradas do setor produtivo. “A inflação oficial é de 2,56% nos últimos meses e a taxa de juro do governo é 6,5%”, criticou. “Está aí a explicação: o mundo se acabando e os caras enchendo a pança de ganhar dinheiro. A economia indo para o brejo e o setor financeiro tendo 14% de lucro […] No meu governo, Banco do Brasil e Caixa começarão, no primeiro dia, a fazer concorrência. Se isso não for suficiente, outras providências haverá”, afirmou.
O pré-candidato defendeu ainda um novo regime de impostos para ricos. “Só quem paga imposto nesse país é classe média e pobre”, afirmou.
Indagado sobre o que pensa sobre a “reforma” trabalhista e o teto de gastos aprovados no governo Temer, Ciro enfatizou que as duas medidas serão revogadas se ele tiver “poder político” como presidente para fazer isso.
“O sucesso do capitalismo moderno depende do consumo de massa, que depende de o povo ter renda”, alertou, classificando a “reforma” trabalhista aprovada no ano passado pelo Congresso como uma “selvageria”.
Quanto a coligações, informou que mantém conversa com o PSB, que considerou o “parceiro preferencial”.