Carlo Añes Dourado, sobrinho da autoproclamada presidenta da Bolívia, a senadora golpista Jeanine Añez, foi preso em 16 de outubro de 2017 quando pousou com uma aeronave numa fazenda no Mato Grosso, com 480 quilos de cocaína.
A apreensão da cocaína foi realizada na pista clandestina de uma propriedade rural entre Tangará da Serra e Reserva do Cabaçal, a 387 km de Cuiabá. Dentro da aeronave se encontraram 14 caixas com 30 quilos de substâncias análogas à cocaína em estado “cristal” – forma considerada pura da droga, ainda sem mistura.
Além da droga, foram encontrados US$ 2,5 mil – que de acordo com a Polícia Militar eram parte do pagamento de US$ 10 mil pelo transporte da cocaína – e 820 pesos bolivianos.
Mais do que identificado com os golpistas, o governo Bolsonaro foi o primeiro a reconhecer o “novo governo” e saudou Añes “por assumir constitucionalmente a Presidência da Bolívia”. “Foi declarada vaga a presidência, e Añes assumiu a presidência do Senado, que também estava vaga. E assume constitucionalmente a presidência. Então essa é a nossa percepção, de que a Constituição boliviana está sendo seguida”, declarou o chanceler Ernesto Araújo.
Pelo twitter, o perfil oficial do Itamaraty estampou o seu completo alinhamento ao golpe. “O Governo brasileiro congratula a Senadora Jeanine Añez por assumir constitucionalmente a Presidência da Bolívia e saúda sua determinação de trabalhar pela pacificação do país e pela pronta realização de eleições gerais. O Brasil deseja aprofundar a fraterna amizade com a Bolívia”, frisou.