
“Comprometido com a defesa da vida e dos direitos humanos”, organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cimi condena “toda forma de colonialismo e violência”, e rechaça os inúmeros crimes cometidos “pelo Estado Sionista de Israel”
“À comunidade internacional, dizemos: o silêncio diante do sofrimento é uma traição à consciência”
Cardeal Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, após visita a Gaza em julho de 2025
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) lançou um manifesto na quarta-feira (27) em que “repudia e condena, com a mais alta veemência, o genocídio em curso do povo Palestino cometido pelo Estado Sionista de Israel”. “O assassinato de milhares de crianças inocentes e indefesas e a utilização da fome em massa como arma de guerra exemplificam o caráter genocida das ações perpetradas por Israel contra o povo palestino. O Estado de Israel transformou a Faixa de Gaza num verdadeiro e gigantesco Campo de Concentração a céu aberto”, assinala.
De acordo com o organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), “a manifesta intensão expansionista e de controle do território palestino desnuda a ideologia racista e colonialista do Espaço Vital, por meio da qual o Estado de Israel tenta legitimar-se internamente”. “Na tentativa de dar continuidade ao genocídio e silenciar as vozes que denunciam as atrocidades cometidas contra o povo palestino, o Estado de Israel ataca hospitais, impede a entrada de ajuda humanitária e assassina jornalistas e profissionais da imprensa em níveis nunca registrados na história”, aponta.
“A adoção de medidas necessárias e urgentes para interromper, imediatamente, as ações genocidas do Estado de Israel contra o povo palestino é um imperativo ético e moral que se impõe a toda a humanidade”, condena o Cimi, frisando que “a naturalização e a banalização do genocídio em curso são inaceitáveis”.
Diante dos horrores desta realidade, o Cimi avalia que a “manutenção das relações comerciais e diplomáticas, bem como, a continuidade do fornecimento de armamento torna os Estados e governos estrangeiros cúmplices das atrocidades cometidas pelo Estado de Israel contra o povo palestino”.
Sendo assim, “o Conselho Indigenista Missionário, a partir de seu compromisso histórico em defesa da vida e dos direitos humanos, reafirma sua solidariedade com o povo palestino e denuncia toda forma de colonialismo e de violência contra os povos em seus territórios”. “Unimos nossas vozes às de milhões de pessoas no Brasil e em todo o mundo para exigir o fim imediato do massacre e a apuração de todos os crimes e atrocidades cometidas”, conclui o manifesto.