A Prefeitura de São Paulo determinou que médicos clínicos gerais só poderão solicitar exames de imagem e diagnóstico simples, como radiografias, ultrassonografias e mamografias. A medida, feita com o objetivo de cortar gastos com exames prejudica o diagnóstico e o tratamento dos pacientes que precisam dos exames na rede municipal de saúde, segundo alertou o Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP).
O ato foi protocolado pela Prefeitura em maio deste ano, no inicio da gestão Covas, e passou a valer a partir deste mês. Segundo a Secretaria de Saúde, exames e diagnósticos mais detalhados deverão ser solicitados apenas por médicos especialistas. A prefeitura alega corte e redução de custos, pois muitos desses exames seriam desnecessários e apresentam resultados efetivos.
Para o Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP) a medida prejudica o diagnóstico e o tratamento dos pacientes que precisam dos exames na rede municipal de saúde.
“O protocolo causará em grandes problemas, onde a medida não irá proteger o paciente de exames desnecessários, o provável que aconteça é o aumento das filas nos postos, a demora com os diagnósticos e a locomoção dos pacientes de posto em posto, atrasando o tratamento”, afirma Ademir Lopes Junior, diretor do sindicato.
DESCASO
A gestão Dória/Covas (PSDB) já vem há muito tempo ocasionando problemas na saúde de São Paulo. A fila de cirurgias pela rede municipal conta com quase um ano (336 dias) de espera após a implementação do programa Corujão da Saúde, que transferiu atendimentos diretamente para a rede privada. Ainda no ano passado, a prefeitura gastou cerca de 46,2% da verba da saúde (R$ 4,9 bilhões) com as Organizações Sociais da Saúde (OSs). Isso fez parte da campanha tucana para a saúde, seguindo o seu plano de desestatização dos setores públicos.
Nesta semana, o secretário de saúde Wilson Pollara deixou o cargo para coordenar a pasta de Saúde da campanha de João Doria ao governo de São Paulo. Pollara é homem de confiança de Dória e já participou do governo Alckmin como secretário-adjunto da Saúde. Ficou no cargo durante um ano e meio e será substituído por Edson Aparecido, presidente da Companhia Metropolitana de Habitação do Estado de São Paulo (COHAB).
É uma grande mentira, os médicos não podem solicitar nada, nem as USG mais simples. Até quando vamos aturar isso?