
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrou a análise das audiências de custódia e manteve presos dois em cada três terroristas que foram presos em flagrante após o ataque em Brasília, no dia 8 de janeiro.
De 1.406 pessoas, 942 tiveram sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, sem prazo para encerrar.
Outros 464 criminosos foram liberados, mas terão que usar tornozeleira eletrônica, se apresentar periodicamente à Justiça, não podendo sair da comarca, e não poderão usar as redes sociais ou conversar com outros envolvidos.
Todos eles responderão por atos terroristas, associação criminosa, golpe de estado, abolição violenta do estado democrático de direito, ameaça, incitação ao crime e perseguição.
Veja a lista dos golpistas com prisão preventiva:
A resposta do STF e das demais instituições democráticas contra a tentativa de golpe de estado está sendo firme. Na sexta-feira (20), a Polícia Federal deflagrou a Operação Lesa Pátria, que vai atrás dos financiadores e participantes do atentado. Dos oito alvos da operação, cinco já foram presos.
As pessoas com cargos públicos que também ajudaram na invasão aos prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional também estão sendo presas e investigadas.
É o caso do ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, que era ministro da Justiça de Bolsonaro até o último dia de governo. Torres está preso no 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal.
Relação dos liberados sob medidas cautelares:
Em sua casa, a Polícia Federal encontro a minuta de um decreto presidencial que tinha como objetivo alterar o resultado das eleições e impedir a posse de Lula. Torres admitiu que estava com o documento, mas não apontou sua origem.