Golpista condenado a 21 anos de prisão desobedeceu ordem de proibição de uso de rede social
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou à defesa do ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, que explique dentro de 24 horas o uso de redes sociais durante a prisão domiciliar.
Filipe Martins foi condenado a 21 anos de prisão por auxiliar o ex-presidente Bolsonaro na tentativa de golpe de Estado.
Foi determinada sua prisão domiciliar, assim como a proibição do uso de redes sociais, depois que Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), outro condenado, foi pego tentando fugir para El Salvador.
Mesmo após a proibição, Filipe Martins fez uso de seu perfil no Linkedin, rede especializada em temas profissionais. O gabinete de Alexandre de Moraes foi informado de que Martins estava fazendo busca de outros perfis por dentro da rede social.
“Intimem-se os advogados regularmente constituídos de Filipe Garcia Martins Pereira para que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, prestem esclarecimentos sobre as informações juntadas aos autos (eDoc. 1.697), sob pena de decretação da prisão preventiva do réu, nos termos do art. 312, § 1º, do Código de Processo Penal”, diz a decisão de Moraes, que não dá mais informações sobre o uso do Linkedin por Martins.
Para o Supremo, há “fundado receio” de que outros condenados por tentativa de golpe de Estado tentem fugir da Justiça, em especial após a fuga de Alexandre Ramagem, ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e de Silvinei Vasques.
“O modus operandi da organização criminosa condenada pelo STF indica a possibilidade de planejamento e execução de fugas para fora do território nacional”, apontou Moraes na decisão sobre as prisões domiciliares.
Os golpistas ainda não estavam presos porque o processo não tramitou em julgado, ou seja, ainda cabem recursos por parte da defesa.










