
São testemunhas do “núcleo 2 e 3”. Audiências vão até quarta-feira (23) e são feitas por videoconferência. Quinta-feira (24), a Corte interroga os membros do “núcleo 4”
O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a ouvir, na manhã desta segunda-feira (21), as testemunhas de defesa na AP (Ação Penal) 2696, que apura o envolvimento de 9 militares e 1 policial federal no chamado “núcleo 3” da tentativa de golpe de Estado.
As audiências vão até quarta-feira (23) e são feitas por meio de videoconferência.
Na manhã desta segunda-feira também foram ouvidas as últimas testemunhas de defesa na AP 2693 — o chamado “núcleo 2”.
Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), o “núcleo 2” atuou em frentes estratégicas para garantir a permanência de Bolsonaro no cargo, como a organização de estrutura paralela de inteligência e a articulação com a PRF (Polícia Rodoviária Federal).
As audiências são conduzidas pelo gabinete do relator das ações, ministro Alexandre de Moraes. Os advogados de defesa fazem perguntas às testemunhas, que também podem ser questionadas pela PGR.
INTERROGATÓRIOS
Na quinta-feira (24), está marcado o interrogatório dos réus da AP 2694 — os membros do “núcleo 4” —, também por videoconferência.
Esse grupo é formado por pessoas acusadas de espalhar notícias falsas e atacar instituições e autoridades.
São réus no “núcleo 4”:
· Ailton Moraes Barros – ex-major do Exército;
· Ângelo Denicoli – major da reserva do Exército;
· Giancarlo Rodrigues – subtenente do Exército;
· Guilherme Almeida – tenente-coronel do Exército;
· Reginaldo Abreu – coronel do Exército;
· Marcelo Bormevet – agente da PF; e
· Carlos Cesar Moretzsohn Rocha – presidente do Instituto Voto Legal.
“NÚCLEO CRUCIAL”
Os interrogatórios dos réus que compõem o chamado “núcleo crucial” do processo foram finalizados dia 10 de junho, no STF. Leia mais em “Bolsonaro afina com Moraes e até finge pedido de ‘desculpas’”. Depuseram 6 pessoas, que são consideradas os comandantes da tentativa de golpe de Estado:
· ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier;
· ex-ministro da Justiça, Anderson Torres;
· ex-ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno;
· ex-presidente da República, Jair Bolsonaro;
· ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; e
· ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Walter Braga Netto.
No dia 9, foram ouvidos como réus, o deputado federal e ex-chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem (PL-RJ), e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.