O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou, na terça-feira (2), que o Ministério Público Federal (MPF) tenha mais 45 dias para investigar Gilberto Kassab (PSD) por corrupção passiva, caixa dois e lavagem de dinheiro. Kassab é ex-deputado federal, ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro das Cidades de Dilma; agora é o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (CTIC) de Temer.
O inquérito investiga a compra de apoio do PSD pelo PT a partir de repasses da J&F, empresa mãe da JBS. As investigações foram abertas após delação de Wesley Batista e Ricardo Saud, executivos da JBS. Segundo Wesley, o ex-prefeito recebia, durante exercício do mandato, R$ 350 mil por mês num aluguel de caminhões, chegando a somar R$ 20 milhões em seis anos.
Já Saud afirmou que o apoio do PSD foi comprado nas eleições que reelegeram DIlma Rousseff em 2014. Os pagamentos foram feitos por meio de doações oficiais.
A prorrogação foi aprovada pelo desembargador César Mecchi Morales, do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, após pedido da Polícia Federal. Para César, “verifica-se que grande parte das diligências requeridas e autorizadas foram devidamente concluídas, sendo pertinente a continuidade das investigações”.