O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, enviou para a Justiça do Distrito Federal e deu prosseguimento à ação movida pela ex-esposa do deputado Arthur Lira (PP-AL), Jullyene Lins, por injúria e difamação.
Arthur Lira é o candidato de Jair Bolsonaro para a presidência da Câmara de Deputados.
Jullyene Lins, que foi casada por 10 anos com Arthur Lira, entre 1997 e 2007, afirmou durante entrevista que o parlamentar começou a receber propina ainda quando era deputado estadual de Alagoas e que o patrimônio que acumulou foi colocado no nome de laranjas.
Em resposta, Lira afirmou que sua ex-esposa “é uma vigarista profissional querendo extorquir dinheiro, inventando histórias. Meu patrimônio é o que está declarado no TSE”.
Por conta dessa fala, Jullyene entrou com um processo contra Lira por injúria e difamação. A defesa de Lira tentou manter o processo no STF, o que postergaria a ação, alegando que a sua resposta teria a ver com sua atuação como parlamentar.
A interpretação do ministro Barroso, que contrariou a defesa de Lira, é de que a fala não tem nenhuma ligação com seu mandato como deputado federal e, portanto, o processo deve correr na Justiça comum.
Contra o candidato bolsonarista à presidência da Câmara, 11 partidos se uniram em torno da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), articulada pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Os partidos são DEM, MDB, PSDB, PSL, PV, Cidadania, PSB, PCdoB, PDT, PT e a Rede.
O grupo conta com um número de deputados superior ao necessário para eleger o presidente da Casa.
