O pedido da defesa do presidente afastado da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, atualmente preso, de anular a intervenção da direção nacional do Sesc e Senac foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Primeira Turma do STJ manteve a validade da intervenção da direção nacional das unidades localizadas no Rio de Janeiro. Com isso, Diniz e seus principais auxiliares continuam proibidos de retornar ao comando das duas entidades.
De acordo com o regimento, o presidente da Fecomércio assume as unidades locais do Sesc e do Senac. Caso terminasse a intervenção, estaria aberto o caminho para que o primeiro vice-presidente da Fecomércio, Antônio Florêncio Queiroz, assumisse a direção, pondo fim à intervenção. O STJ não analisou o mérito do processo, deixando para a Justiça do Rio julgar a legalidade da intervenção.
Orlando Diniz foi preso em 23 de fevereiro, na operação Jabuti, desdobramento da Lava-Jato no Rio. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a Fecomércio-RJ participou de um esquema de desvio e lavagem de dinheiro em parceira criminosa com o ex-governador do estado, Sérgio Cabral (PMDB). O grupo operava com funcionários fantasmas e contratos irregulares com escritórios de advocacia.