STJ recebe pedido da PGR para investigar Alckmin por propina de 10,3 milhões da Odebrecht

Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Foto: Vanessa Carvalho - News Free - AE

A Procuradoria-Geral da República pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) abertura de um inquérito penal contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele é acusado de receber recursos ilegais da Odebrecht nas eleições de 2010 e 2014. Executivos da empreiteira relataram que a Odebrecht repassou R$ 10,3 milhões para as campanhas de Alckmin. 

A Procuradoria-Geral da República pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) abertura de um inquérito penal contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Ele é acusado de receber, por meio de um cunhado, recursos de caixa dois da empreiteira Odebrecht nas eleições de 2010 e 2014. O inquérito, registrado em segredo de Justiça, tem como relatora a ministra Nancy Andrighi.

Executivos da construtora relataram em colaboração premiada que a Odebrecht repassou cerca de R$ 10,3 milhões, em caixa dois, para campanhas dele ao governo do Estado de São Paulo. Alckmin foi citado por Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Carlos Armando Guedes Pachoal e Arnaldo Cumplido de Souza e Silva.

O pedido foi encaminhado pelo vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, o responsável por conduzir os inquéritos relacionados ao STJ, que tem a prerrogativa de processar governadores.

O envio do procedimento à corte foi avalizado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele assinalou que os colaboradores relataram que a Odebrecht teria repassado ao então candidato Geraldo Alckmin, “a pretexto de contribuição eleitoral, R$ 2 milhões no ano de 2010 e R$ 8,3 milhões no ano de 2014, todas somas não contabilizadas”.

PSDB

Após um jantar com integrantes do PSDB no Palácio dos Bandeirantes, na segunda-feira (27), o governador disse que aceitou ser candidato à presidência do PSDB. Alckmin confirmou que é a alternativa para uma “chapa de unidade”.

A reunião teve a participação de Fernando Henrique Cardoso, do senador Tasso Jereissati e do governador de Goiás, Marconi Perillo. Segundo Alckmin, durante o encontro, Perillo e Jereissati disseram que abririam mão das suas pré-candidaturas, caso ele tivesse disposição de participar do processo.

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