‘Superar pandemia e pôr Brasil de pé”

Luiza Trajano. Foto: Divulgação

“É preciso vacinar, é preciso garantir uma renda básica, estimular o consumo e criar empregos”, diz Luiza Trajano

Criadora do movimento Unidos Pela Vacina (UPV), a empresária Luiza Trajano afirmou na quarta-feira (21) que “superar a pandemia e pôr o Brasil de pé é uma coisa só”.

“É preciso vacinar, é preciso garantir uma renda básica, estimular o consumo e criar empregos”.  “E o emprego é que vai dar dignidade às pessoas”, defendeu Trajano que também é presidente do Grupo Mulheres do Brasil (GMB).  “Este é um momento muito delicado para o mundo, que exige que você não pense só no seu pedacinho. Que exige generosidade para que a gente saia disso. Vamos, Unidos pela Vacina, vacinar 70% até setembro. É uma luta de todos”, defendeu a empresária, dona da Magazine Luiza ao Estadão. “A vacina é prioridade número 1” para tirar o país da crise, declarou.

Lançado no início deste mês, o movimento UPV, que reúne empresas, entidades da sociedade civil e ONGs, foi criado por iniciativa do Grupo Mulheres do Brasil, com o objetivo de tentar agilizar a vacinação da população brasileira contra a Covid-19 até setembro de 2021.  Segundo Luiza Trajano, empresários e executivos com experiência em exportação, que têm negócios com Índia e China, estão ajudando a destravar e procurar vacinas no mundo.

“Com um ano de pandemia, vendo que a situação só piorava, eu disse para o grupo: ‘Olha, a gente não pode ficar de braços cruzados’. O Mulheres do Brasil viu que a vacina era a única salvação. Respeito quem não gosta de tomar, mas não tem outra alternativa. A primeira coisa que fiz foi procurar o Instituto de Desenvolvimento do Varejo, que ajudei a montar. Cheguei para o Marcelo (Silva, presidente do IDV), para os conselhos de lá, conversei, eles toparam, e de repente tínhamos mais de mil pessoas. Nunca vi uma mobilização tão grande. A gente foi se estruturando e tem de trabalhar para até setembro termos 60% ou 70% vacinados. Então, temos um grupo de executivos, de empresários já acostumados a exportar, importar, que têm negócios com Índia e China, e que está junto com o Ministério da Saúde ajudando a destravar e procurar vacinas no mundo”, explicou.

Nos últimos dias o UPV  tem feito suas articulações para negociar a compra de vacinas excedentes em outras nações, não apenas dos EUA, mas de outros países onde já são previstas sobras em doses adquiridas. Além disto, a empresária também relatou que o movimento montou um plano de ação voltado para os 5.572 municípios brasileiros, através do comitê de saúde do SUS.

O UPV encaminhou um questionário digital para os secretários de Saúde, com o fim de coletar informações sobre a necessidade de pessoal, de materiais, de orientação.  Através deste dados o UPV poderá definir prioridades e ações necessárias para que o processo de vacinação ocorra sem rupturas.

“Você não sabe da maior, já recebemos retorno de 98% deles. Um fenômeno. Eles dizem o que estão precisando, como estão aparelhados, se querem uma câmara frigorífica, caixa térmica, agulha, crachá…”, relatou Luiza Trajano.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *