Diante de rumores de que Aloizio Mercadante estaria cotado para assumir a presidência da Petrobrás no lugar de Jean Paul Prates, 23 superintendentes do BNDES assinaram uma carta pedindo a sua permanência e expressando “apoio integral à atual administração do Banco”. “Após anos de incertezas e injustas críticas, a instituição e, sobretudo, o país, necessitam da continuidade dessa administração que está deixando o seu legado na história BNDES”, afirmam.
Os superintendes destacam os dados do balanço de 2023, quando a demanda por recursos do BNDES atingiu R$ 271 bilhões, um crescimento de 88% em relação a 2022, o maior dos últimos 10 anos.
“As aprovações de operações de crédito, que representam a formação de uma carteira de projetos de investimento para transformar o país, atingiram R$ 175 bilhões neste primeiro ano, o maior valor desde 2015. Já os desembolsos de recursos foram de R$ 114 bilhões, um incremento de 17% em relação a 2022. Esses desembolsos, vale notar, apoiaram direta ou indiretamente mais de 1 milhão de empregos em todo o país, o que é a função primordial das aplicações do FAT pelo BNDES”, argumentam na carta.
Apontam, também, a importância do banco de fomento em garantir taxas de juros civilizadas.
“Em 2024, a transformação e fortalecimento do BNDES segue ocorrendo. O PL 6235/2023, que traz novas taxas de juros ao FAT e cria a Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), está em discussão no Congresso Nacional. Essa medida em andamento, assim como as anteriormente citadas, corajosamente apresentadas e defendidas pela atual administração do banco, refundam as taxas de juros e funding do BNDES”, pontuam.
A seguir a carta na íntegra.
Carta dos Superintendentes do BNDES em apoio à atual administração
O ano de 2023 marcou a retomada do BNDES. A nova administração, liderada pelo presidente Aloizio Mercadante, seguindo as diretrizes do Governo Federal, recuperou o protagonismo da instituição na promoção do desenvolvimento econômico, verde e social do país. A agenda de retomada do Banco se dá sobre bases modernas, com ideias inovadoras para a construção do que chamamos o BNDES do futuro.
Algumas medidas centrais para a construção do BNDES do futuro foram alcançadas sob a liderança dessa administração: i) a retomada do apoio via recursos não-reembolsáveis, com especial destaque para o Fundo Amazônia; ii) um novo custo financeiro para reinserir o BNDES no apoio à agenda de inovação e digitalização na indústria (FAT TR); iii) o expressivo aumento do volume de recursos do Fundo Nacional de Mudança Climática (Fundo Clima) via emissão de sustainable bonds no mercado internacional para o financiamento da transição ecológica; iv) a renegociação/alongamento da dívida remanescente do BNDES com o Tesouro Nacional, que foi estendida até 2030; v) a retomada do apoio do BNDES às operações de exportações; vi) a volta das aprovações para entes subnacionais (Estados e Municípios); vii) a coordenação e estruturação de emissões no mercado de capitais, fornecendo liquidez e garantia firme em um momento de grande incerteza no mercado; e viii) a aprovação de um novo concurso após 11 anos.
Os resultados da retomada do BNDES já apareceram em 2023. A demanda por recursos do BNDES atingiu R$ 271 bilhões, um crescimento de 88% em relação a 2022, o maior valor de consultas dos últimos 10 anos. As aprovações de operações de crédito, que representam a formação de uma carteira de projetos de investimento para transformar o país, atingiram R$ 175 bilhões neste primeiro ano, o maior valor desde 2015. Já os desembolsos de recursos foram de R$ 114 bilhões, um incremento de 17% em relação a 2022. Esses desembolsos, vale notar, apoiaram direta ou indiretamente mais de 1 milhão de empregos em todo o país, o que é a função primordial das aplicações do FAT pelo BNDES.
Além disso, as aprovações para a indústria retornaram num volume de cerca de R$ 40 bilhões, enquanto inovação recebeu um apoio recorde de mais de R$ 5 bilhões. Já exportações tiveram aprovações de mais de R$ 13 bilhões, valor expressivamente acima dos últimos anos. Da mesma forma, as operações com Estados e Municípios foram retomadas após anos de valores praticamente nulos: somente em 2023, o BNDES aprovou mais de R$ 20 bilhões em crédito para entes subnacionais. As micro, pequenas e médias empresas tiveram apoio do Banco no valor de R$ 100 bilhões por meio de crédito e garantias. Já o Fundo Amazônia, que se encontrava sem doadores e sem novas operações nos últimos anos, foi retomado com expressiva performance. O somatório das aprovações de projetos e chamadas públicas montaram R$ 1,3 bilhão. Além disso, sob a liderança do Governo Federal, foram retomadas as captações internacionais para o fundo, com valores atingindo R$ 726 milhões, advindo de países como Reino Unido, Alemanha, Suíça e EUA.
Em 2024, a transformação e fortalecimento do BNDES segue ocorrendo. O PL 6235/2023, que traz novas taxas de juros ao FAT e cria a Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), está em discussão no Congresso Nacional. Essa medida em andamento, assim como as anteriormente citadas, corajosamente apresentadas e defendidas pela atual administração do banco, refundam as taxas de juros e funding do BNDES.
Além disso, 2024 iniciou-se a pleno vapor no BNDES. Os dados do 1T/2024 apontam para um volume de consultas de R$ 61 bilhões, uma alta de 68% frente ao 1T/2023. O volume de consultas do 1T/2024, em termos nominais, é o maior da série histórica para o período, considerando dados desde 1995. As aprovações, nessa mesma métrica, atingiram R$ 24,7 bilhões (alta de 91% vis-à-vis o 1T/2023), o maior dos últimos 10 anos. Já os desembolsos atingiram R$ 23,3 bilhões (alta de 22%), o valor nominal mais elevado dos últimos 9 anos.
Em adição a todos esses excelentes resultados, o banco ganhou, em 2023, o reconhecimento pelo TCU e CGU como a instituição mais transparente da República. Esse resultado foi construção do forte empenho das equipes do BNDES e da liderança da administração presidida por Mercadante.
Por tudo isso, nós Superintendentes do maior banco de desenvolvimento das Américas, o BNDES, expressamos por meio dessa breve carta nosso apoio integral à atual administração do Banco. Após anos de incertezas e injustas críticas, a instituição e, sobretudo, o país, necessitam da continuidade dessa administração que está deixando o seu legado na história BNDES.
ANA CRISTINA RODRIGUES DA COSTA – Superintendente da Área de Desenvolvimento Social e Gestão Pública
CARLA GASPAR PRIMAVERA – Superintendente da Área de Transição Energética e Clima
FELIPE BORIM VILLEN – Superintendente da Área de Infraestrutura
FERNANDO PASSERI LAVRADO –Superintendente da Área de Tecnologia da Informação
GABRIEL FERRAZ AIDAR – Superintendente da Área de Planejamento e Pesquisa Econômica
IAN RAMALHO GUERRIERO – Superintendente da Área de Soluções de Infraestrutura
JOAO PAULO PIERONI – Superintendente da Área de Desenvolvimento Produtivo e Inovação
JULIANA SANTOS DA CRUZ – Superintendente da Área Jurídica de Negócios
JULIO COSTA LEITE –Superintendente da Área Financeira
LEANDRO DA COSTA SILVEIRA – Superintendente da Auditoria Interna
LEOPOLDO ORSINI DE CASTRO FRANCA – Superintendente da Área de Recursos Humanos
LIVIA DOS REIS CAVALCANTE JOSE ROCHA – Superintendente da Área de Comércio Exterior
LUCIANA LAGES TITO – Superintendente da Área Internacional e de Investimentos Sustentáveis
LUCIENE FERREIRA MONTEIRO MACHADO – Superintendente da Área de Soluções para Cidades
MARCELO MARCOLINO– Superintendente da Área de Mercado de Capitais, Investimentos e Participações
MARCELO PORTEIRO CARDOSO – Superintendente da Área de Operações e Canais Digitais
MARCO AURELIO SANTOS CARDOSO – Superintendente da Área de Controladoria
MARCUS SERGIO MARTINS AGUIAR– Chefe do Gabinete da Presidência
NABIL MOURA KADRI – Superintendente da Área de Meio Ambiente
PATRICIA MIGUEL GOUVEIA – Superintendente da Área de Integridade e Compliance
PAULA SALDANHA JAOLINO COTOVIO – Superintendente da Área Jurídica Institucional
RAQUEL BATISSACO DUARTE –Superintendente da Área de Suporte ao Negócio
VICTOR PINA DIAS – Superintendente da Área de Gestão de Riscos