Supervia deixa ramal com 35 estações do Rio fechadas por mais de 26 horas

O ramal Gramacho-Saracuruna no Rio de Janeiro da Supervia amanheceu parado ainda em decorrência da queda de energia de quinta-feira (20) e 35 estações permaneceram fechadas por mais de 26 horas.

O blecaute, por volta das 16h de quinta, afetou os trechos entre Central do Brasil e Gramacho, entre Gramacho e Saracuruna e nas extensões Vila Inhomirim e Guapimirim. Às 14h, eram 22 horas de interrupção.

“Técnicos da Supervia trabalham para restabelecer o serviço. Ainda não há previsão de retorno das viagens nestes trechos”, informou a concessionária em nota às 5h13. Segundo a concessionária privada que administra as linhas de trem do Rio de Janeiro a falha foi causada após o furto de cabos de alimentação de energia.

A Agetransp, agência reguladora dos transportes do estado, no entanto, informou que o problema foi causado “por um cabo de rede aérea partido na altura da Penha”. O órgão abriu um boletim de ocorrência e enviou uma equipe técnica para acompanhar os reparos.

Nesse ramal, apenas Central do Brasil, São Cristóvão, Maracanã e Triagem abriram porque são estações de integração com outras linhas.

O Rio Ônibus informou que, “para facilitar o deslocamento dos cariocas”, as empresas associadas colocaram toda a frota disponível nas ruas.

Na volta para casa desta quinta, muitos tiveram que enfrentar filas para embarcar nos ônibus para a Baixada Fluminense no Terminal Rodoviário Marechal Fontenelle.

Da mesma forma, a empresa privatizada passa por problemas internos. Antonio Carlos Sanches, presidente da Supervia desde 2019, anunciou que vai deixar o cargo a partir desta sexta-feira para se dedicar a projetos pessoais.Há uma briga judicial entre o governo do Estado e a concessionária. 

O secretário estadual de Transportes, Washington Reis, deseja encerrar o contrato com a empresa que administra a concessão. A juíza responsável pelo caso marcou uma audiência pública na semana que vem para discutir a questão.

No fim de abril, o grupo japonês Gumi – que controla a empresa – comunicou que não quer mais a concessão. O grupo alega crise financeira, perda de receita com a pandemia, prejuízo com o furto de metais e cabos e congelamento da tarifa contratual. A Supervia disse que o nome do novo presidente vai ser divulgado em breve.

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