O plano de governo de Bolsonaro, prometendo mais uma vez corrigir a Tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), revela o estelionato eleitoral que tem sido praticado por ele nesses quase quatro anos de governo.
A promessa de corrigir a tabela, subindo o limite de isenção do Imposto de Renda (IR), já havia sido feita por ele na campanha de 2018 e nada foi feito nos três anos e meio de governo. Agora, na maior cara de pau, Bolsonaro volta a mentir com uma “nova” promessa.
No seu novo plano de governo prevê subir o limite de isenção do IR para R$ 2.500 mensais, que seria uma faixa de isenção ainda menor do que a prometida em 2018, quando dizia que a faixa seria de até cinco salários mínimos.
A promessa de Bolsonaro, não cumprida, aliada à disparada da inflação em seu governo, faz com que o contribuinte, em especial os mais pobres, paguem cada vez mais imposto.
Atualmente, sem a alteração na faixa de isenção, a cobrança do imposto atingirá, a partir do próximo ano, trabalhadores que recebem um salário mínimo e meio, afetando ainda mais aqueles que já sofrem com a inflação em alta e a carestia.
O que acontece é que, sem a correção da tabela, muitos contribuintes deixam de ser isentos ou passam a pagar uma alíquota maior em relação ao ano anterior, uma vez que reajustes salariais (ainda que abaixo da inflação) podem fazer com que a pessoa entre em outra faixa de renda da tabela.