Tachar de “antissemita” quem denuncia os crimes hediondos de Netanyahu é puro cinismo

Benjamim Netanyahu, ditador de Israel (reprodução)

Criam essa farsa para tentar interromper esta que já é, até hoje, uma das maiores mobilizações de repúdio ao fascismo de Israel

Acabo de tomar conhecimento de que a atriz norte-americana Susan Sarandon teve seu contrato com a principal agência de Hollywood cortado em represália à sua participação em manifestações nos EUA em favor de um cessar-fogo em Gaza e contra a carnificina ali perpetrada por Israel.

A medida foi tomada sob a indecorosa alegação de que a perseguição à atriz de 77 anos se deveu ao seu “antissemitismo”. Sarandon esteve num ato e denunciou as mortes de civis palestinos e de crianças em Gaza e pediu o cessar-fogo imediato.

A atitude da direção de Hollywood, bem ao estilo do fascismo macarthista da metade do século passado, visa impedir que a população americana e mundial continue a repudiar crescentemente o genocídio da população civil de Gaza perpetrado pela ditadura sanguinária de Benjamim Netanyahu.

Os protestos crescentes visam barrar o assassinato a sangue frio de milhares de crianças. Mais de cinco mil delas foram assassinadas pelas bombas lançadas pelos sionistas. São crimes contra a Humanidade praticados por verdadeiros monstros.

Denunciar criminosos não tem nada a ver com “semitismo” ou “antissemitismo”. Ninguém está dizendo que o fascista Netanyahu é semita ou deixa de ser. Aqueles que usam essa sórdida alegação estão falseando a realidade para tentar intimidar os milhões de pessoas pelo mundo afora que estão repudiando os crimes e protestando contra a ditadura israelense.

Desde quando denunciar os crimes de Adolf Hitler e sua corja significa, como eles estão alegando, atacar o conjunto do povo alemão? A alegação é pura hipocrisia e também uma atitude mentirosa e claramente fascista. É uma forma de agir de quem, na verdade, quer acoitar esses crimes hediondos da ditadura sionista. Pior, ao perseguir jornalistas, acadêmicos, artistas, entre outros, que estão protestando, o que se está fazendo é cevar ainda mais o fascismo dentro de Israel.

Netanyahu está bombardeando cidades, escolas, hospitais. Ele e seus cães já mataram quase uma centena de jornalistas e eliminaram funcionários da ONU. Além de cercarem Gaza e impedir a entrada de água e comida, estão expulsando 1,3 milhão de palestinos de suas casas e os obrigando a se deslocarem para a fronteira com o Egito. Ou seja, estão fazendo uma limpeza étnica.

Segundo a ONU, uma criança palestina está sendo assassinada pelas bombas israelenses a cada dez minutos. É contra isso que o mundo inteiro está se levantando.

Isolados, os sionistas tentam calar a voz dos opositores em todo o planeta. Para isso, criaram a farsa de que quem protesta é antissemita. Não é verdade. Quem protesta é antifascista que denuncia os assassinos da ditadura de Netanyahu.

O governo norte-americano, instigador e avalista dos bombardeios sionistas, interessado em faturar bilhões com a venda de armas a Israel, impede os acordos de paz e persegue o povo palestino. A ação da Casa Branca isola ainda mais o já desgastado Joe Biden. São centenas de milhares de americanos que estão saindo às ruas para exigir o fim do massacre.

Não parece que essas ameaças e arroubos de Washington, de “apoio integral” – com armas e dinheiro -aos crimes de Israel, vão calar a voz do povo americano. Muito menos essa farsa ridícula de acusar de “antissemita” quem protesta. Ao contrário, essas mobilizações, as maiores já verificadas até hoje no país e em todo o mundo contra a ditadura de Netanyahu, devem crescer ainda mais, até porque o efeito da repressão está tendo o efeito inverso que queriam.

SÉRGIO CRUZ

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